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    Avião que irá à Índia fará também transporte de oxigênio para Manaus

    O voo para Mumbai foi adiado após pedido do governo indiano

    Will Marinho, da CNN, em São Paulo

    O Airbus A330neo da companhia Azul escalado para trazer doses da vacina de oxford da Índia para o Brasil, fará voo transportando cilindros de oxigênio para Manaus. Devido ao adiamento da viagem para Mumbai a pedido do governo indiano e do presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido), o ministério da Saúde solicitou a companhia área ajuda na situação da capital amazonense.

    O avião deve partir do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 14h deste sábado (16), pousando em Manaus às 17h50 do horário de Brasília. A aeronave, que estava no Recife, deixou a capital pernambucana às 23h de sexta rumo a Campinas para fazer o carregamento. O Airbus, de acordo com comunicado emitido pela Azul, será carregado em sua capacidade máxima para esse tipo de carga. 

    De acordo com o Ministério da Saúde, o Airbus da Azul levará 80 cilindros com oxigênio. A Saúde informou neste sábado que está fazendo uma força-tarefa para ampiar reforços de equipamentos e profissionais no Amazonas, além de auxiliar nas transferências de pacientes de Manaus para outros estados.

    “Foram enviados 700 cilindros de oxigênio, 78 ventiladores pulmonares, 40,5 mil unidades de medicamentos para intubação, 125 mil máscaras N95, 247 mil máscaras cirúrgicas, 200 mil luvas, 180 monitores, 373 bombas de infusão, 6.900 equipos e 78 ventiladores pulmonares (40 exclusivos para o interior do estado)”, disse a pasta, em nota.

    O governo do Amazonas também confirmou o recebimento nesta madrugada de outros 70 mil metros cúbicos de oxigênio encomendados pelo estado à fornecedora White Martins. O volume, de acordo com o governo estadual, deve ser suficiente para normalizar o abastecimento da rede de saúde pelos próximos dias. 

    O material foi enviado a partir de Belém, por balsa, e foi recebido durante a madrugada pelo governador amazonense, Wilson Lima. Novas remessas de oxigênio são aguardadas para os próximos dias.

    “Recebemos nesta madrugada essa carga de 70 mil metros cúbicos (…) e começamos a restabelecer a normalidade da nossa rede estadual de saúde. Algumas dessas carretas já saíram daqui direto para as unidades para fazer esse abastecimento”, disse Lima.

    Busca de vacinas adiada

    O adiamento da viagem que buscaria 2 milhões de doses de vacina em Mumbai, na Índia, partiu primeiro do governo indiano. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, disse na quinta-feira (14) que “é muito cedo” para dar respostas sobre exportações das vacinas produzidas no país, uma vez que a campanha nacional de imunização ainda está só começando.

    Já Bolsonaro afirmou na sexta-feira (15) que o avião partirá somente em “dois ou três dias, no máximo”

    “Temos tudo acertado para disponibilizar 2 milhões de doses. Hoje está começando a vacinação na Índia, então resolveu-se atrasar em um ou dois dias até que o povo lá comece a ser vacinado. Daqui a dois, três dias no máximo o nosso avião vai partir e vai trazer esses dois milhões de doses para cá”, disse o presidente em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes. 

    Colapso em Manaus

    A situação da Covid-19 em Manaus tomou novos contornos com a falta de oxigênio líquido nos hospitais. Além disso, o estado ainda sem mantém com um dos maiores níveis do pico da pandemia no Brasil e, na quarta-feira (13), a capital registrou um número recorde de enterros, com 198 corpos sepultados.

    O último marco no número de sepultamentos no município havia sido no auge da primeira onda da pandemia no estado do Amazonas, em 28 de abril, com 167 pessoas enterradas.

    Na quinta-feira (14), o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) decretou um toque de recolher proibindo a circulação de pessoas entre 19h e 6h (exceto atividades e transporte de produtos essenciais).

    Para o prefeito de Manaus, a medida será eficiente para controlar os números da pandemia na capital.

    “Acredito que tenhamos de 80% a 90% da circulação diminuída nas ruas, e isso certamente vai nos ajudar no impacto dessa aglomeração que tem acontecido na cidade de Manaus”, disse Almeida.

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