Psicóloga teria alertado mãe sobre agressões a Henry, diz pai do menino
Leniel Borel afirma que Monique Medeiros, mãe do garoto de quatro anos, garantia que filho não era agredido pelo padrasto, Dr. Jairinho, e usava babá como álibi
Leniel Borel, pai do garoto Henry Borel, afirmou em entrevista exclusiva à CNN que a psicóloga que atendia o menino de quatro anos alertou a mãe, Monique Medeiros, de que a criança relatava sofrer agressões físicas do padrasto, o vereador do Rio de Janeiro Jairo Santos, conhecido como Dr. Jairinho.
“Outra coisa que ele falou [para a psicóloga] é que o tio machuca”, disse Monique, segundo o relato de Leniel, que afirma ter ouvido a mesma coisa do filho em conversa no mesmo dia. A psicóloga da criança já foi ouvida pela polícia.
“Quero que isso fique tranquilo que isso acontece. Trabalha tranquilo, porque o Henry fica com a babá o dia inteiro. Quando eu chego, eu pego o Henry, durmo com ele, deixei de ir para a academia, fico com ele o tempo todo”, prossegue o pai.
Mensagens obtidas pela polícia mostram que a babá de Henry Borel relatou à mãe da criança, Monique Medeiros, situações em que o menino relatava dores e machucados e sinalizava temer o padrasto Dr. Jairinho. O vereador e a mãe da criança foram presos preventivamente.
Conversa com Dr. Jairinho
O pai da criança relatou à CNN uma conversa com o vereador Dr. Jairinho no hospital, momentos depois de ter sido constatada a morte de Henry Borel. Segundo Leniel Borel, o vereador teria dito a ele “vamos virar essa página, vida que segue, vocês fazem outro filho”.
O homem afirmou à CNN que uma das primeiras pessoas a chegarem ao hospital foi o Coronel Jairo, ex-deputado estadual do Rio de Janeiro e mentor político do filho, além de outros membros da família de Dr. Jairinho.