Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    MPF pede continuidade investigação sobre ex-assessor de Flávio Bolsonaro

    Órgão apura suposto vazamento da operação Furna da Onça

    Leandro Resende , Da CNN, no Rio

    O Ministério Público Federal pediu a continuidade da investigação sobre o ex-assessor de Flávio Bolsonaro Victor Granado Alves, advogado envolvido na apuração do vazamento da operação Furna da Onça. Obtido pela CNN, o parecer é contrário ao habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que livrou Alves de prestar depoimento no caso.

    A apuração foi aberta em maio após o empresário Paulo Marinho, suplente do senador, afirmar em entrevista que o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi avisado de que a operação Furna da Onça, deflagrada pela Polícia Federal em 2018, atingiria seu então assessor Fabrício Queiroz. 

    Victor Alves, segundo Paulo Marinho, seria uma das três pessoas que participaram de reunião na porta da PF em que informações sigilosas teriam vazado para beneficiar Flávio Bolsonaro e o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro.

    Leia e assista também
    Justiça Federal nega quebra de sigilo telefônico de aliados de Flávio Bolsonaro
    Vazamento nunca aconteceu, diz advogada após depoimento de Flávio Bolsonaro

    No parecer, o procurador Marcelo Freire alega que, se Victor participou da suposta reunião, tal participação nada tem a ver com o sigilo profissional garantido pelo fato dele ser advogado. “Cogita-se, a partir das informações já mencionadas, do possível acesso ilegal a informações sigilosas a respeito de operação policial que seria deflagrada. O acesso e a divulgação de informações dessa natureza, no entendimento deste órgão ministerial, não se inserem no âmbito do regular exercício da advocacia e, portanto, não se encontram protegidos pelas prerrogativas indispensáveis ao desembaraçado desempenho da profissão”, diz trecho do parecer. 

    O habeas corpus de Victor Alves será julgado no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas ainda não tem data marcada. “Apesar da independência funcional, o parecer de Freire foi dado para prestigiar o colega que investiga o vazamento. Não há indícios de que Victor deva continuar como investigado neste caso”, disse à CNN o criminalista Marcelo Ramalho, que defende o ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

     

    Tópicos