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    Na ONU, Lula diz que gravidade da crise climática “bate à porta” e lamenta chuvas no Rio Grande do Sul

    Presidente expressou condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia e o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil

    Andreia Verdélioda Agência Brasil

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (19), tratou as mudanças climáticas e a desigualdade como os principais desafios a serem superados pelas autoridades internacionais.

    Em discurso na Assembleia-Geral da ONU, Lula destacou que a crise climática “bate às nossas portas”, citando, por exemplo, as chuvas no Rio Grande do Sul, que deixaram quase 50 mortos.

    Veja: a íntegra do discurso de Lula na Assembleia da ONU

    Ao abrir o debate de chefes de Estado e de governo da 78ª Assembleia, em Nova York, ele lembrou da primeira vez que participou do evento, em 2003.

    “Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade. Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática. Hoje, ela bate às nossas portas, destrói nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perda e sofrimento aos nossos irmãos, sobretudo aos mais pobres”, disse Lula.

    Também no início de sua fala, Lula expressou condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia e o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil.

    “Desejo expressar minhas condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia. A exemplo do que ocorreu recentemente no estado do Rio Grande do Sul, no meu país, essas tragédias ceifam vidas e causam perdas irreparáveis. Nossos pensamentos e orações estão com todas as vítimas e seus familiares”, declarou Lula.

    Segundo o presidente, para vencer as desigualdades, é preciso vencer a resignação e a falta vontade política daqueles que governam o mundo.

    “A fome, tema central da minha fala neste Parlamento mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã. O mundo está cada vez mais desigual. Os dez maiores bilionários têm mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade”, acrescentou.

    Este ano, o tema do debate geral é “Reconstruir a confiança e reacender a solidariedade global: acelerando ações para a Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável rumo à paz, prosperidade, ao progresso e à sustentabilidade para todos”.

    No debate geral, os chefes dos Estados-membros da ONU são convidados a discursar em uma oportunidade para apontar suas visões e preocupações diante do sistema multilateral.

    Cabe ao governo brasileiro fazer o primeiro discurso da Assembleia-Geral das Nações Unidas, seguido do presidente dos Estados Unidos. Essa tradição vem desde os princípios da organização, no fim dos anos 1940.

    Esta é a oitava vez que o presidente Lula abre o debate dos chefes de Estado. Ao longo de seus dois mandatos anteriores, ele participou do evento todos os anos entre 2003 e 2009.

    Em 2010, foi representado pelo então ministro das Relações Exteriores e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim.

    O presidente desembarcou em Nova York, na noite do último sábado (16), onde participou de reuniões com empresários e autoridades estrangeiras.

    Amanhã (20), ele se encontrará com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Lula será recebido ainda pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem lançará uma iniciativa global para promoção do trabalho.

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