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    Precisamos deixar de ser parasitas em relação à Amazônia, diz Fachin

    Ministro do Supremo Tribunal Federal afirma que o cumprimento das leis protetivas que significariam a preservação da floresta

    Anna Russi, da CNN , de Brasília

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, afirmou que o Brasil tem “deixar de ser parasita” da floresta Amazônica. A fala foi em resposta a um questionamento sobre a visão dele às críticas estrangerias em relação à forma como o país tem lidado com as questões ambientais. “Precisamos deixar de ser parasitas em relação à Amazônia, que tem sido um hospedeiro cuja bondade está acabando”, disse.

    Ele participou, nesta segunda-feira (10), de debate virtual com representantes da Câmara de Comércio França-Brasil. Para Fachin, a Constituição Brasileia é a carta de proteção da Amazônia.

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    “Aplicá-la significaria preservá-la como deve ser preservada, permitir o desenvolvimento sustentável do Brasil como deve ser feito e ao mesmo tempo garantir exemplo para todos os povos. Não basta que digamos que eventualmente outros povos não tenham feito seu dever de casa na sua preservação das suas florestas. Nó podemos dar o exemplo, podemos não atirar pedras, mas sim atirar exemplos”, completou.

    Na avaliação de Fachin, o cumprimento das leis protetivas que significariam a preservação da Amazônia e “daquilo que conhecemos como humanidade”, tem “deixado a desejar”.

    “Não é possível que se admita o crescimento da dizimação de florestas, de povos nativos, de etnias e assim do conjunto de circunstâncias que dependem precisamente daquele imenso bioma para o regime de chuvas e para o funcionamento do abastecimento hídrico do próprio país como um todo”, criticou.

    Para o ministro, a questão da proteção ambiental e a proteção da Amazônia são atualmente os primeiros itens da agenda de quem se preocupa com o presente e o futuro do país e do planeta. “A questão especificamente da Amazônia é uma questão que interessa a todos, ela interessa ao planeta. A Amazônia é um bem material da humanidade”, afirmou.

    Segundo ele, é do desejo e interesse de todos que, por meio de políticas públicas, o desenvolvimento sustentável se reflita em todas as regiões. “Há tecnologias importantes que permitem a preservação das florestas e, evidentemente, é isso que não vemos com maior intensidade nas políticas públicas, que deveriam chamar a possibilidade de atrair investidores nessa direção”, observou.

    “O Brasil tem condições de ser maior do que é, de ter negócios sadio e recheados de desenvolvimento que faça a sua dimensão de sócio-ambientalidade, necessária na sua base de sustentação, sem agredir suas florestas ou dizimar seus povos nativos. Poderia e ainda poderá dar um exemplo de coexistência de civilizações, de coexistência de povos com culturas distintas, de coexistência de interculturalidade na sua compreensão e propiciar nesse sentido condições para o desenvolvimento tecnológico”, acrescentou.

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