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    Ceará anuncia mais 15 dias de isolamento social e uso de máscaras obrigatório

    O governador disse que, apesar da criação de 1.500 leitos no estado, o sistema de saúde local "tem chegado ao limite", o que justifica "medidas mais rígidas"

    Alana Araújo, da CNN em Fortaleza

    O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou nesta terça-feira (5) que vai renovar por 15 dias, até 20 de maio, o decreto que impõe medidas de isolamento social no estado como medida para conter a disseminação do novo coronavírus. A nova versão do decreto, cuja vigência terminaria hoje, também tornará obrigatório o uso de máscaras em todas as cidades cearenses a partir de amanhã (6) para qualquer pessoa que sair de casa. Até o começo da tarde, a medida ainda não tinha sido publicada.

    Segundo Camilo, um relatório mostrou a diminuição do distanciamento social e o aumento do número de casos no estado, onde mais de 11 mil pessoas tiveram COVID-19 e mais de 700 morreram por causa da doença. Ele avaliou o momento como “grave”.

    O governador disse que, apesar da criação de 1.500 leitos no estado, o sistema de saúde local “tem chegado ao limite”, o que justifica a necessidade de “medidas mais rígidas” para conter a disseminação da COVID-19.  

    Camilo Santana fez um apelo para que a população cumpra as medidas de isolamento social e para que os prefeitos façam valer as restrições. “Essa é a principal medida orientada pelos especialistas, pela Organização Mundial da Saúde, para diminuir os efeitos desta pandemia que mata as pessoas”, afirmou.

    Ainda segundo o governador, há disseminação de informações falsas sobre desabastecimento no estado, o que ele negou. “Todas as atividades essenciais continuarão funcionando”, afirmou.

    Fortaleza

    O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), também anunciou hoje que entrarão em vigor a partir de sexta-feira (8) medidas específicas para a capital cearense, onde estão concentrados os casos de COVID-19 no Ceará.

    Sem dar detalhes sobre as medidas, o prefeito disse que haverá novas restrições à circulação de pessoas e veículos em vias públicas, com foco em integrantes de grupos de risco, assim como ao comércio não essencial.

    “Vamos fazer valer dentro das comunidades o funcionamento de qualquer atividade, formal ou informal, que não é essencial, que agregue pessoas e acabe criando um ambiente de contaminação”, disse.

    Cláudio também falou que a cidade terá “novas medidas de prevenção” para atividades essenciais, como supermercados e farmácias, e maior controle da circulação na entrada e na saída de Fortaleza.

    “A velocidade de disseminação do vírus é muito maior do que a capacidade do poder público de abrir leitos”, disse o prefeito.

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