Bombeiro que matou ciclista atropelado foi preso neste ano por agredir a mulher
João Maurício, de 33 anos, agrediu a esposa, com quem é casado há mais de uma década, os filhos e ameaçou seus pais, que prestaram depoimento
O capitão do Corpo de Bombeiros João Maurício Correia Passos, preso após atropelar um ciclista no último domingo (11), já havia sido detido neste ano por violência doméstica.
De acordo com investigações que tramitam na delegacia do Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro, João Maurício, de 33 anos, agrediu a esposa, com quem é casado há mais de uma década, os filhos e ameaçou seus pais, que prestaram depoimento no qual relataram o comportamento violento do bombeiro.
Ele foi preso em flagrante no dia 5 de janeiro após tentar estrangular a mulher, que é paraplégica. No dia 6, foi posto em liberdade após audiência de custódia – quatro dias antes de atropelar o ciclista Cláudio Leite da Silva, de 57 anos.
Aos investigadores, a esposa de João Maurício relatou que o bombeiro tinha problemas com bebidas alcoólicas. Outras testemunhas relataram aos policiais que ele também faz uso de drogas.
A mãe do bombeiro disse à polícia que, em uma das ameaças, João Maurício afirmou que poderia matá-la com “três golpes”. Já o pai dele contou que o bombeiro colocou a cabeça de seu filho mais novo, de 8 anos, em um balde com fezes e urina, como forma de castigá-lo.
A decisão que colocou João Maurício em liberdade na semana passada o obrigava a cumprir uma série de medidas restritivas, como ficar a pelo menos 500 metros de distância da mulher e o proibia de manter qualquer contato com ela, seja por telefone, WhatsApp ou qualquer outro meio.
A decisão também o obrigava a se apresentar à Justiça todo mês a partir do dia 10 de fevereiro.
Procurado, o advogado Telmo Bernardo, que defende João Maurício, admitiu o caso de violência doméstica e informou que irá conversar com o cliente ainda nesta terça-feira (12).