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    Análise: Justiça cria parâmetros, mas não pode decidir futuro da Ford

    Justiça do Trabalho decidiu suspender as negociações da demissão em massa anunciada pela Ford no Brasil

    Da CNN, em São Paulo

     A Justiça do Trabalho decidiu suspender as negociações da demissão em massa anunciada pela Ford no Brasil. O diretor do CNN Brasil Business, Fernando Nakagawa, explica que é preciso ter uma separação clara entre as decisões e obrigações da empresa e a fiscalização da Justiça.

    “É preciso colocar uma linha muito clara no chão: onde vai o direito da empresa e as obrigações da empresa, e onde começa a obrigação da Justiça. São duas coisas diferentes e que não podem se misturar em um momento como este.” 

     

    Nakagawa diz que a Justiça decidiu agir no processo de desligamento dos funcionários das fábricas de Taubaté (São Paulo) e Camaçari (Bahia), para que todos os direitos trabalhistas sejam seguidos à risca e evitar qualquer descumprimento da lei.

    “A Jutiça do Trabalho decidiu agir nestes dois casos, em Taubaté e Canmaçari, por entender que talvez as regras, que são previstas na lei para esse tipo de negociação e de desligamento coletivo, talvez não estejam sendo seguidas à risca. Então, a Justiça está agindo para criar parâmetros, estabelecer ali o protocolo que deveria ser seguido à risca pela empresa para proteger os trabalhadores nesse momento tão traumático de demissão. Obviamente para não transformar este processo em algo ainda pior.”

    Nakagawa destaca ainda que a Justiça deve evitar qualquer tipo de “voluntarismo” em relação ao fechamento das fábricas, já que se trata de uma empresa privada que tem autonomia para decidir sobre o próprio futuro. 

    “A Justiça precisa acompanhar para evitar abusos por parte da empresa, mas não dá para a Justiça impedir uma empresa privada de decidir o seu futuro.”

     

     

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