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    iPhone 15 — parcelar, importar, alugar: o que vale mais a pena para o seu bolso?

    Considerando o salário mínimo atual, de R$ 1.320, seriam necessários, no mínimo, sete meses de trabalho para comprar o novo smartphone

    Amanda Sampaioda CNN , São Paulo

    Revestimento em titânio e chip que possibilita câmeras melhores e jogos mais rápidos — as tentações para comprar o novo iPhone 15 são grandes, mas nem todo mundo consegue bancar o novo celular.

    Aqui no Brasil, o valor mínimo do iPhone 15, com tela de 6,1 polegadas, é de R$ 7,3 mil, com armazenamento de 128 GB. A versão mais cara, com 512 GB, passa de R$ 10 mil.

    Considerando o salário mínimo atual, de R$ 1.320, seriam necessários, no mínimo, sete meses de trabalho para comprar o novo smartphone.

    Para efeitos de comparação, o salário mínimo atual nos Estados Unidos é de US$ 7,25 (cerca de R$ 36 na cotação atual) por hora. Se considerarmos que uma pessoa trabalha oito horas por dia, cinco vezes na semana, o salário dela — em média — gira em torno de US$ 1.160 (R$ 5.695) por mês.

    Segundo a Apple, o aparelho de menor valor no país custará US$ 799 (R$ 3.923) — ou seja, com menos de um mês de trabalho é possível que um americano ande com o aparelho do ano no bolso.

    Mas, afinal, o que será que vale mais a pena para os brasileiros na hora de comprar o smartphone?

    Alugar, parcelar ou importar

    Para muitas pessoas, o aluguel de smartphones pode ser visto como uma boa opção, uma vez que as parcelas tendem a ser mais atrativas do que a da compra parcelada sem juros do aparelho.

    No site de uma locadora consultada pela CNN, o smartphone mais recente disponível para aluguel é o iPhone 14 Plus de 128 GB, por 21 meses, com parcelas mensais de R$ 229. Ao fim do período, o aluguel custará ao consumidor cerca de R$ 4,8 mil.

    Atualmente, é possível encontrar esse mesmo modelo de celular por aproximadamente R$ 5,5 mil, com parcelas de R$ 550 por mês.

    Apesar de as parcelas do aluguel serem inferiores às da compra, é necessário levar em consideração outros fatores, especialmente as cláusulas contratuais.

    No site consultado pela CNN, por exemplo, o contrato diz que o aparelho deve ser devolvido sem nenhuma avaria física ou sistêmica. Em caso de danos, o reparo é cobrado diretamente do cliente, e deverá ser realizado apenas em lojas autorizadas.

    Além disso, em caso de roubo ou inutilização, o aparelho deverá ser pago de forma integral pelo cliente, conforme valor de mercado.

    Alguns bancos também têm entrado na disputa para oferecer o celular da moda por um valor mais baixo.

    Um exemplo disso é o programa “iPhone Para Sempre”, do Itaú. Nesse programa, os clientes têm a opção de pagar até 70% do valor de um iPhone, conforme estipulado pelo banco, ao longo de 21 meses para poder utilizar o aparelho.

    Após esse período, eles têm duas alternativas: podem devolver o iPhone e começar um novo contrato com outro dispositivo ou optar por pagar o valor restante e ficar com o aparelho de forma definitiva.

    No caso do iPhone 14 Pro Max (256 GB), o valor pago em 21 meses pelo programa é de R$ 6.798,38 (R$ 323,73 por mês).

    Para ficar com o celular depois desse prazo, é preciso pagar mais R$ 3.219,72, totalizando R$ 10.018 pelo aparelho. Atualmente, este mesmo modelo é encontrado na loja por R$ 7.530.

    O Itaú diz que “não se responsabiliza por perda ou roubo do iPhone, que deverá ter as parcelas e o pagamento final quitados normalmente”. O mesmo vale em caso de danos ao aparelho.

    Para o especialista em finanças e investimentos Hulisses Dias, o aluguel pode não ser uma das melhores alternativas, especialmente para quem quer um aparelho para uso pessoal.

    “Caso você queira alugar, no fim das contas você vai ter um custo maior, em troca de não ter o desembolso de uma parcela mais alta”, afirma.

    No entanto, Dias destaca que a estratégia pode ser vantajosa para quem deseja um aparelho para uso comercial.

    “Para uso comercial, as alternativas de aluguel por um banco podem funcionar […] O primeiro é passo é entender qual o retorno você vai ter com esse aparelho”, avalia.

    “O iPhone é um bem de capital. É como se fosse uma máquina multifunções, já que é calculadora, máquina de fotografar, telefone, assim como outras coisas”, acrescenta.

    Com relação ao parcelamento, cabe ao cliente procurar a alternativa que mais se encaixe em seu orçamento, de preferência sem acréscimo de juros.

    Para o especialista, a importação é a forma mais vantajosa para comprar o novo iPhone 15.

    Ele cita o exemplo de pessoas que aproveitam uma viagem para os Estados Unidos, por exemplo, para trazer aparelhos com custos mais alto no Brasil.

    “Existe a possibilidade do telefone ser considerado um item de uso pessoal e não fazer parte da cota que os turistas têm de US$ 1 mil dólares livres de imposto”, afirma.

    Ele usa como exemplo o iPhone 15 de US$ 799, a uma taxa de câmbio de R$ 4,95, o que custaria cerca de R$ 3,9 mil, sem taxas inclusas.

    “Quando a gente compra um telefone em Nova York, existe uma taxa de acréscimo de 8,49%; na Flórida, é 6,8%; em Washington, 5,75%. Além do IOF, caso a compra seja feita no cartão de crédito ou débito em viagens internacionais”, explica.

    Outra opção seria encomendar o aparelho a algum conhecido que esteja fora do país ou a um personal shopper.

    “Se você vai usar o iPhone e quer ter ele pelo menor custo possível, definitivamente faz mais sentido você pedir para alguém que esteja em viagem importar o aparelho para você”, conclui.

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