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    Pete Davidson conta que se drogava com cetamina todos os dias por quatro anos

    Em um show de stand up, comediante falou que tinha saído de uma reabilitação para tratar o vício

    Rafael Farias Teixeiracolaboração para a CNN , São Paulo

    O ator e comediante Pete Davidson se abriu sobre sua vida pessoal ao revelar que tinha acabado de sair de um instituto de reabilitação.

    Segundo o site “Just Jared”, o ex-membro do elenco do programa “Saturday Night Live” fez a confissão durante um show de stand up no Ettes Arena do Hard Rock Hotel & Casino em Atlantic City, Nova Jersey, no domingo (10).

    ​​“Acabei de sair da reabilitação, pessoal”, disse à plateia. “Eu tenho aquele brilho pós-reabilitação. A sétima vez é a que dá sorte”.

    Na apresentação, ele também falou que antes de procurar ajuda. Ele tomou cetamina diariamente durante quatro anos. “Foi mágico”, ele disse.

    Ele inclusive admitiu que compareceu ao funeral de Aretha Franklin, em 2018, sob o efeito da droga e disse que não conseguia acreditar que saiu em público naquele estado.

    Davidson está prestes a completar 30 anos em novembro e em seu show brincou que acredita que uma pessoa “não pode usar drogas aos 30 anos”, porque “não é mais fofo” e que quem faz isso nessa idade “é apenas um viciado em drogas”.

    A apresentação teve ainda a participação John Mulaney, comediante que também teve sua própria batalha contra o vício em drogas. Ele começou um período de 60 dias de reabilitação em dezembro de 2020, após uma recaída na sobriedade. O show também contou com a presença de Jon Stewart.

    O que é cetamina?

    A cetamina é considerada um anestésico dissociativo, que pode criar uma sensação de calma e ter alguns efeitos alucinógenos. É aprovada para sedação em ambientes médicos, mas tornou-se mais comumente prescrita off-label para tratamento de dor crônica e depressão.

    Ela tem sido usada como uma droga recreativa para festas, conhecida como “special k”, e outras pesquisas descobriram que isso também aumentou nos últimos anos. Além do risco de contaminação com outras drogas potentes, o uso de cetamina sem supervisão médica pode levar a resultados adversos, dizem os especialistas.

    A cetamina pode causar apagões, dificultar a mobilidade do usuário, causar taquicardia e pressão alta, náusea, vômito, torpor, depressão, amnésia, alucinações e problemas respiratórios potencialmente fatais.

    No Brasil a cetamina tem sido encontrada também nas drogas K, substâncias químicas que agem no cérebro igual o THC, que é o princípio ativo da maconha, mas elas são sintéticas, não existem numa planta ou na natureza. O usuário fica com maior lentidão nos movimentos, sonolência, perda de sentidos e alucinações.

    Segundo um levantamento da Unicamp e o governo federal, dentro de um grupo de amostras coletadas, 29% correspondiam a novas substâncias psicoativas, sendo mais comum a cetamina.