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    Cepa indiana: Secretário do MA diz que governo demorou em controlar fronteiras

    À CNN, Carlos Lula falou também sobre a importância da testagem em massa

    Produzido por Bel Campos, da CNN em São Paulo

    O secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, disse nesta sexta-feira (21) à CNN que o Ministério da Saúde demorou para tomar medidas para evitar que a nova variante chegasse ao país.

    “Há semanas a gente tinha pedido maior controle nas fronteiras em razão da disseminação dessa nova cepa, mas infelizmente o Ministério da Saúde demorou muito. Não importa tomar medida correta, tem que ser tomada medidas corretas no momento adequado”, afirmou Carlos Lula.

    Os primeiros casos da variante indiana da Covid-19 foram confirmados no Brasil. Seis tripulantes de um navio vindo da China que atracou no Maranhão testaram positivo para a nova cepa do vírus. Outras nove pessoas que estavam no navio também estão com Covid-19, mas não foi confirmada com qual cepa elas foram infectadas.

    “Temos que estar em alerta o tempo inteiro. Nas fronteiras sobretudo só conseguimos fazer [identificar a nova cepa] porque temos controle dos portos”, explicou Carlos Lula.

    “Imagina um aeroporto, que tem um fluxo muito maior de pessoas. Pode ter passado já alguém [infectado] e a gente sem estar ciente. A gente precisa controlar mais a vigilância nos aeroportos e aumentar os estudos genômicos [para identificar as variantes] no país.”

    O secretário falou também sobre a importância da testagem em massa. “Fizemos exame em todos [os tripulantes da embarcação], e dos 24, 15 deram positivos e 12 estavam assintomáticos. Isso mostra como é importante continuarmos a testagem em massa para saber de fato quem está com a doença. Mesmo no caso de assintomático, porque acaba transmitindo o vírus.”

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