Vacina da Pfizer deverá ir para locais com super freezers, explica especialista
Laboratório pediu registro definitivo da vacina no Brasil
Em entrevista à CNN, a epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, falou sobre o pedido de uso definitivo da Pfizer no Brasil. Ela acredita que a necessidade de conservação do imunizante em em uma temperatura inferior -70° C faz com que seja difícil ele ser levado a todos os municípios. E diz que o momento, agora, é do Governo Federal acelerar o processo de compra das doses.
“Ainda não temos nenhum contrato firmado com este laboratório e o governo federal. O que precisa neste momento é que se acelere o processo dessa formalização de compra para que a gente possa, assim que o registro for liberado, nós já tenhamos essa vacina disponível em nosso país”.
Segundo Domingues, o mais provável é que o imunizante seja usado nos grandes centros que dispõem da infraestrutura necessária.
“Uma vez que nós temos outras vacinas, o ideal é que esta se concentre em grandes centros onde há essa possibilidade de ter estes super freezers – seja porque eles já foram adquiridos pelos estados, ou porque nós temos laboratórios de pesquisas, em universidades, que podem fazer um acordo com os locais, nas capitais, por exemplo, e emprestar este super freezers”.
“Precisamos mapear as localidades que têm este super freezers para que possamos trabalhar em parceria em complementação a rede de freezer do Ministério da Saúde. Não acredito que haja uma possibilidade de utilização desta vacina em todos os municípios brasileiros”.
A epidemiologista explica que o registro definitivo ampliará o público que poderá receber a vacina com segurança.
“Essa importante liberação do registro definitivo significa que você vai poder aplicar a vacina em toda a população definida pela bula. Você não tem essas restrições mais da forma emergencial. Então você amplia o número de pessoas que poderão ser vacinadas a curto prazo de tempo”.
(*Sob supervisão de Elis Franco)