STJ envia parte do processo de Witzel sobre desvios na Saúde à Justiça do Rio
Governador afastado segue processado no STJ; a esposa Helena Witzel, o empresário Mário Peixoto e outros responderão ao processo na 7ª Vara
Por unanimidade, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça decidiu nesta quarta-feira (17) enviar ao juiz da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, parte do processo que apurar se houve corrupção na saúde na gestão de Wilson Witzel (PSC). O governador afastado do cargo tem foro privilegiado e continuará a ser processado no STJ.
Os ministros seguiram entendimento do relator, o ministro Benedito Gonçalves. Agora, respondem ao processo na 7ª Vara a esposa do governador afastado Helena Witzel, o empresário Mário Peixoto, o ex-secretário Lucas Tristão, e outros cinco réus investigados.
A Corte Especial do STJ também foi unânime quanto ao afastamento de Witzel do cargo por mais um ano, enquanto é investigado pelos atos. Os ministros julgaram um recurso da Procuradoria-Geral da República e rejeitaram o pedido para que não fosse fatiada a ação penal, o que manteria no STJ os investigados com e sem foro privilegiado.
O governador afastado foi denunciado pelo Ministério Público Federal na operação Tris in Idem, desdobramento da Lava Jato no RJ que apontou corrupção na Saúde do estado. A suspeita é de que o governador tenha recebido, por intermédio do escritório de advocacia de sua mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina.