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    Bolsonaro é orientado a se afastar de Wassef e não falar mais sobre Queiroz

    Orientação é para que o presidente priorize declarações por meio de notas oficiais ou por suas contas oficiais no Twitter e no Facebook

    Igor Gadelhada CNN

    O presidente Jair Bolsonaro foi orientado por auxiliares jurídicos a se descolar o máximo que puder do caso envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro preso nesta quinta-feira (18) por envolvimento em esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio.

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    O conselho foi para que o chefe do Palácio do Planalto se afaste de Frederick Wassef, advogado do próprio presidente da República e de Flávio. Wassef era o proprietário do imóvel onde Queiroz foi preso na manhã de quinta-feira em Atibaia, no interior de São Paulo.

    Ministros da área jurídica e advogados do presidente pediram que ele evite se encontrar e até falar por telefone com Wassef. Bolsonaro costuma receber o advogado não só no Palácio do Planalto quanto no da Alvorada, residência do presidente. Geralmente, fora da agenda oficial.

    No último dia 9 de junho, por exemplo, Bolsonaro recebeu Wassef no Alvorada para assistirem juntos o julgamento, pelo Tribunal Superior Eleitoral, de duas ações que pedem a cassação da chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão nas eleições de 2018. O advogado não atua no caso.

    Auxiliares também aconselharam o presidente a evitar falar publicamente sobre a prisão de Queiroz. Na tradicional live nas redes sociais transmitida nesta quinta-feira, o presidente chegou a classificar a prisão do ex-assessor de Flávio como “espetaculosa”.

    Ministros-generais aproveitaram a prisão do ex-PM para reforçar o pedido ao presidente para que ele evite falar com a imprensa na portaria do Alvorada. Pelo menos nesta quinta-feira e sexta-feira, Bolsonaro seguiu o conselho e não parou para dar entrevistas, ao deixar a residência oficial.

    A orientação é para que o presidente priorize declarações por meio de notas oficiais ou por suas contas oficiais no Twitter e no Facebook. A avaliação é de que, nessas plataformas, as falas de Bolsonaro são mais “controladas” do que as entrevistas no improviso.

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