Relembre a cronologia do caso levou ao afastamento de Witzel do governo do RJ
Em pronunciamento nesta sexta-feira (28), Witzel alegou inocência, disse que não existe "um papel" de prova contra ele. Entenda como as investigações começaram
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi afastado do cargo nesta sexta-feira (28) em decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em meio a uma investigação sobre irregularidades na área da Saúde.
Em meio às ações contra a pandemia da Covid-19 no estado, o ex-subsecretário executivo da Secretaria Estadual de Saúde Rio de Janeiro Gabriell Neves foi preso por suspeita de irregularidades. Ele estava afastado desde 20 de abril.
Dez dias depois, o então secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, foi exonerado do cargo também por conta das suspeitas de corrupção em contratos na compra de respiradores e gastos emergenciais.
Em 26 de maio, a investigação chegou a Witzel pela primeira vez por meio da Operação Placebo. Equipes da PF foram ao Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do estado, e na casa onde ele morava antes de ser eleito, no bairro Grajaú. Ele negou as acusações.
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Veio o pedido de impeachment, que, logo depois, foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em sessão extraordinária online.
Em meio às articulações durante o processo de impeachment, Witzel trocou o secretário da Casa Civil e nomeou André Moura.
Para completar, ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos foi preso e virou réu por organização criminosa. O prazo para a defesa de Witzel no impeachment terminou em 29 de julho.
Em meio ao afastamento de Witzel, o processo de impeachment continua andando no Supremo Tribunal Federal (STF).
Enquanto esperam uma manifestação do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, após manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República ao andamento do processo com a Comissão Especial já formada pela Alerj, a defesa do governador e a Procuradoria da Alerj continuam a disputar as atenções do relator.
Em pronunciamento nesta sexta-feira (28), Witzel alegou inocência, disse que não existe “um papel” de prova contra ele e acusou a subprocuradora-geral da República, Lindora Araújo, de influenciar a decisão do ministro Benedito Gonçalvez.