Igreja prepara evento com 2 mil pessoas e orquestra para receber Bolsonaro
Convite foi feito pelo filho mais velho de pastor líder da Convenção Geral das Assembleias de Deus, que visitou o presidente em Brasília na semana passada
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa logo mais da comemoração do aniversário de 86 anos do pastor José Wellington Bezerra da Costa. O convite foi feito pelo filho mais velho do pastor, líder da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil, que visitou o presidente em Brasília na semana passada.
Como de costume, a festa será dentro do templo da congregação evangélica, na Mooca, zona leste de São Paulo. A igreja, que tem capacidade para 6 mil pessoas sentadas, foi readequada para receber 2 mil pessoas, com disponibilização de álcool em gel e medição de temperatura na entrada.
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O evento marcado para começar às 19h30 já tinha fiéis e pastores chegando a partir das 15h. Mesmo assim, o local teve fila por horas ao longo da tarde. Policiais federais até fizeram apelos para que o público respeitasse o distanciamento e usasse máscaras, mas as pessoas acabaram ficando muito próximas e algumas não usavam proteção.
Pastores setoriais, pastores de campo, músicos e membros da orquestra tiveram fila preferencial, assim como autoridades. Os três andares de estacionamento ficaram lotados. Uma série de veículos traziam adesivos de candidatos às eleições de prefeito e vereador. Às 18h30, uma hora antes do evento, a fila já saia e dava volta no quarteirão.
Entre outras atrações, o evento terá uma orquestra com 50 membros e um coral com 70 pessoas que farão apresentações musicais durante o culto.
Protocolo
O protocolo adotado pela prefeitura de São Paulo para cultos religiosos sugere que sejam cancelados eventos que provoquem aglomerações e recomenda 30% de ocupação e fluxo de pessoas em espaços religiosos, “garantindo a possibilidade de manutenção da distância mínima segura a todo tempo”. O documento ainda sugere entrega de senhas.
Já os eventos seguem proibidos na cidade. O protocolo que já foi assinado com representantes do setor prevê que, quando o público for entre 600 e 2 mil pessoas, uma autorização especial tem que ser concedida pela prefeitura. Mas isso só quando São Paulo avançar para a fase verde do plano de flexibilização, o que ainda não aconteceu.