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    Senadores articulam contrapartida de estados e municípios a ajuda federal

    Proposta aprovada na Câmara prevê gasto de R$ 89,6 bilhões por parte da União, o que contrariou o Palácio do Planalto

    Larissa Rodrigues, da CNN em Brasília

    O projeto de lei de ajuda a estados e municípios, antigo Plano Mansueto, deve ser modificado pelo Senado Federal. A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada, prevendo um gasto de R$ 89,6 bilhões por parte da União, o que contrariou o Palácio do Planalto. De lá para cá, o governo federal negocia com o Senado mudanças na matéria.

    Em reunião de líderes do Senado e na sessão desta quarta-feira (22), os senadores discutiram uma ajuda que preveja contrapartidas dos entes federativos. Parlamentares ligados ao centrão, por exemplo, defenderam que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), seja o relator desse novo texto. 

    Alguns senadores também sugeriram deixar de lado o projeto vindo da Câmara e colocar a ajuda aos entes em algum projeto já existente na Casa ou que o Executivo mande uma nova medida provisória sobre o tema.

    “Estamos caminhando para a apresentação de um substitutivo ao texto aprovado pelos deputados, por entender que o projeto original do Executivo foi desfigurado na Câmara. Nós precisamos agilizar, não há mais tempo a perder, os estados e municípios estão carentes de um socorro urgente”, afirmou o senador Lasier Martins (Podemos-RS). 

    Durante a sessão, o senador Cid Gomes (PDT-CE) disse que “a Câmara foi exagerada” na ajuda prevista aos estados e que, por isso, “é preciso aprimorar o texto vindo da Casa”. Já o senador Weverton (PDT-MA) afirmou que o presidente do Senado, que deixou a sessão de hoje antes do fim, “passou todo o dia dialogando sobre a questão com senadores, Câmara e Executivo”.

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