Relator cita possível candidatura em 2022 para defender afastamento de Deltan
Bandeira de Mello Filho disse ter mencionado a possível candidatura como uma reclamação feita por outros colegas de Dallagnol no MPF
Relator do caso de Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho recorreu à narrativa política para defender o afastamento do procurador da coordenação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Em reunião virtual com integrantes do “Muda, Senado” nesta segunda-feira (17), o relator do caso chegou a afirmar que a operação cometeu “excessos” e até que o procurador da República é potencial candidato nas eleições gerais de 2022.
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Segundo senadores ouvidos pela CNN, Bandeira de Mello Filho usou a narrativa política como justificativa indireta para defender o afastamento de Dallagnol. O relator defendeu que há outros procuradores competentes para conduzir a investigação.
Procurado pela CNN, Bandeira de Mello Filho disse ter mencionado a possível candidatura em 2022 como uma reclamação feita por outros colegas de Dallagnol no Ministério Público Federal, e não como uma alegação direta sua.
O relator, que também é secretário-geral da Mesa Diretora do Senado, afirmou ainda que deixou claro para os parlamentares com os quais conversou ontem que esse fato não deveria ser mencionado em seu voto, nem levado em consideração em sua decisão.