CNMP pede esclarecimentos sobre arrombamento de loja de Flávio Bolsonaro
A defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro alega que houve abuso de autoridade no episódio, ocorrido em dezembro do ano passado
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu nova representação contra os promotores que investigam o caso das “rachadinhas” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando ele era deputado estadual.
Dessa vez, o CNMP quer esclarecimentos sobre o arrombamento de uma loja de chocolates do senador, ocorrido em dezembro do ano passado — a defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro alega que houve abuso de autoridade no episódio.
O alvo da ação é a promotora Patrícia Vilella, que coordena o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), responsável pela investigação quando tramitava em primeira instância. Foi o grupo de investigadores que pediu a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz e de sua esposa, Márcia Oliveira de Aguiar.
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Ao protocolar a reclamação no CNMP, os advogados Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach também acusam o MP do Rio de terem vazado informações sigilosas da investigação.
Em dezembro do ano passado, o MP do Rio e a Polícia Civil fizeram busca e apreensão contra vários alvos do esquema de rachadinha — na ocasião foram apreendidos, por exemplo, celulares de investigados que se tornaram fundamentais para a apuração que levou à prisão de Queiroz, neste ano.
Na lista de alvos estava a franquia de chocolates de Flávio Bolsonaro em um shopping na zona oeste do Rio.
Segundo a defesa, o local foi arrombado naquele dia. Ao solicitar esclarecimentos, André Bandeira de Melo Queiroz, membro auxiliar da Corregedoria Nacional do MP, pede que manifestação do órgão fluminense sobre o possível arrombamento, o nome dos policiais e promotores que participaram da ação na loja de chocolates e o nome de todos os investigadores que atuam no caso das rachadinhas. O Mp do Rio tem dez dias para responder.