Tabata Amaral: Weintraub fez gestão ‘medíocre’ e saída do MEC é ‘alívio’
"Entendemos que a saída dele ontem pode ter sido para abafar a prisão do Queiroz, mas ainda assim deve ser celebrada", disse a deputada do PDT
Em entrevista à CNN na tarde desta sexta-feira (19), a deputada federal Tabata Amaral (PDT) classificou a atuação de Abraham Weintraub à frente do Ministério da Educação como “medíocre” e afirmou que a sua saída da pasta deve ser “celebrada”, trazendo “respiro e alívio para milhões de estudantes”.
“Nós sabíamos que Weintraub estava prestes a sair do ministério e, infelizmente, isso não é devido a sua atuação tão ruim. Entendemos que a saída dele ontem pode ter sido para abafar a prisão do [Fabrício] Queiroz, mas ainda assim deve ser celebrada”, falou.
A parlamentar disse também que, apesar da visão de Weintraub ser muito diferente da dela, acredita que na gestão pública é possível superar as diferenças para fazer uma análise um pouco mais técnica. No entanto, o agora ex-ministro, na avaliação dela, “falha em diversos critérios”.
“Um exemplo é a execução orçamentária, ou seja, dinheiro que está disponível para a pasta e quanto é utilizado em casos importantes, [como] programas de alfabetização e de educação de jovens e adultos. [Nessa gestão] quase 0% foi executado. O que mostra uma capacidade de implementação de política pública, de liderança e de gestão muito baixa”, afirmou.
Assista e leia também:
Senador pede que STF apreenda passaporte de Weintraub
Weintraub perde foro privilegiado; caso de racismo vai para 1ª instância
Weintraub foi demitido de banco por resultados insatisfatórios, dizem ex-colegas
‘Prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes’, diz Weintraub
A pedetista falou ainda que vários parlamentares tinham feito reclamações na gestão de Ricardo Vélez Rodríguez, que antecedeu Abraham Weintraub no MEC já no governo Bolsonaro, pois não havia nenhum planejamento estratégico da educação para o país. “Pois bem, Weintraub ainda [em 14 meses no cargo] não havia apresentado esse tal planejamento”, afirmou.
Segundo ela, isso aconteceu porque Weintraub dedicou muito tempo para manter uma “guerra ideológica”. “A gente ouvia o dia inteiro ele acusando as pessoas no Twitter, difamando, comprando brigas, inclusive com outros países. Mas não o via falando de educação”, disse.