PF nega relação da troca de comando no RJ com operação contra Witzel
Em nota, a PF diz que os policiais saíram de Brasília para cumprir decisão do Superior Tribunal de Justiça
Uma possível relação da operação da PF na casa do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e a troca de comando da polícia no Rio de Janeiro foi levantada por políticos em Brasília ouvidos pela CNN. A hipótese, no entanto, foi negada por fontes da PF em Brasília.
O braço da corporação no estado não foi utilizado na ação. Em nota, a PF diz que os policiais saíram de Brasília para cumprir decisão do Superior Tribunal de Justiça, a pedido da Procuradoria Geral da República, ou seja, todos órgãos localizados na capital federal.
O comando da PF no Rio mudou no início deste mês. O recém empossado diretor-geral, Rolando Alexandre, decidiu trocar o superintendente local – o que era de vontade do presidente Jair Bolsonaro. Escolhido desde então, o delegado federal Tácio Muzzi teve a nomeação formalizada no Diário Oficial da Uniao, desta terça-feira.
As coincidências apontadas até mesmo por apoiadores de Bolsonaro em redes sociais incomodaram policiais que trabalham na ação. Em posts, nesta manhã, internautas afirmam ser uma PF sob nova direção e agradecem até mesmo à atuação do ministro da Justiça, André Mendonça, que assumiu no lugar de Sérgio Moro.
A PF é subordinada ao ministério mas o ministro não é comunicado previamente quando uma operação ocorre. Mas outra aliada de Bolsonaro sugeriu saber.
No caso da operação que tirou Wilson Witzel da cama, a PF teve tempo para preparar. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, na sexta-feira passada.
Dias antes, Witzel chegou a ser alertado por pessoas próximas de que seria alvo de uma operação da PF – podendo, inclusive, ter a prisão decretada. Isso não ocorreu, porém. Todos os mandados foram de coleta de prova. Um auxiliar do governo do RJ afirmou que Witzel estava dormindo, quando foi surpreendido com a chegada da polícia.