Fachin quer que plenário julgue exclusão de Weintraub de inquérito das fake news
Ministro pediu que habeas corpus apresentado pelo Ministério da Justiça seja analisado por colegas
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, enviou ao plenário virtual da corte nesta segunda-feira (1º) habeas corpus para decidir se o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deve ser excluído das investigações no inquérito sobre fake news e ofensas a ministros do STF. O HC será julgado no dia 12 de junho.
“Cumprida a ciência ao Ministério Público e facultada a oportunidade de manifestação, nada há a obstar o julgamento do feito. Para fins de deliberação colegiada, inclua-se na sessão virtual imediata possível do plenário assíncrono o presente habeas corpus, já com relatório e meu voto como de praxe”.
Na quarta (27), o ministro da Justiça, André Mendonça, enviou um pedido de habeas corpus ao STF para que o depoimento de Weintraub e as investigações ligadas a ele fossem suspensas. O relator, ministro Edson Fachin, pediu manifestação da PGR antes de decidir.
O procurador-Geral da República, Augusto Aras, informou ao Supremo na sexta-feira (29) que não recebeu os documentos necessários. Na sexta, Weintraub foi à PF, mas ficou calado.
“Vagabundos”
Weintraub foi convocado a depor no inquérito por conta de declarações dadas na reunião ministerial de 22 de abril. O vídeo desse compromisso foi anexado a outro inquérito, que apura suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, e o conteúdo veio a público na última sexta (22). Na reunião, Weintraub defendendo a prisão de ministros do STF e chamando-os de “vagabundos”