Radar Político: Privilégio para subprocuradores é reflexo de sociedade desigual
Sidney Rezende e Fernando Molica comentam principais manchetes do noticiário político nesta segunda-feira (2)
No quadro Radar Político, na CNN Rádio, desta segunda-feira (2), Fernando Molica e Sidney Rezende comentaram a contratação, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), de uma sala reservada no Aeroporto Internacional de Brasília para que os 73 sub-procuradores gerais possam aguardar seus vôos. O objetivo desse espaço reservado seria para proteger os subprocuradores de eventurais agressões físicas ou verbais.
“Isso pode abrir o precedente para um delegado pedir, um policial militar, um comandante, um secretário de justiça”, destacou Rezende. Molica pontuou que tais privilégios tornam a sociedade mais desigual.
“Isso é muito ruim, isso não pode existir. Vivemos num regime republicano e quem exerce função pública tem as benesses. Agora, tem também a parte ruim, que é prestar esclarecimentos sobre seus gestos, suas atitudes.”
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Os jornalistas também comentaram a reabertura, pela PGR, de uma investigação sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
“Esses processos correm em sigilo, então não dá para saber se chegou alguma prova nova, alguma evidência nova, algo que justifique a reabertura da investigação”, disse Molica. “Seria bom que a PGR deixasse claro isso claro para não dar a ideia de que pode ter interesse político-partidário nessa investigação”, acrescentou.
O último tema debatido pela dupla foi o pedido de reembolso, pelo senador Flávio Bolsonaro, de passagens a Fernando de Noronha. O senador afirmou que o pedido de reembolso foi um erro de sua assessoria.
Para Molica, a situação “é mais um constrangimento para o senador Flávio Bolsonaro. Tem uma porção de coisas que ele ainda não explicou, relacionadas àquele caso da investigação das rachadinhas. Ele tem, agora, mais uma explicação a ser dada”.