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    Justiça nega transferência de Silvinei Vasques para batalhão especial

    Defesa alega que ex-diretor da PRF não está se alimentando na penitenciária de Brasília e pediu mudança com base na lei dos servidores policiais da União

    Elijonas Maiada CNN , em Brasília

    O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques teve o pedido negado para transferência do presídio de Brasília, no complexo da Papuda, para o 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como “Papudinha”. O local abriga os chamados “presos especiais” e, principalmente, policiais.

    O advogado Eduardo Nostrani, que defende Vasques, alega que o ex-diretor não está se alimentando, pois é celíaco e não poderia comer as refeições que são servidas no local. Além disso, a defesa peticionou com base na lei dos servidores policiais da União.

    O artigo 40 da lei diz que “o funcionário policial nas condições deste artigo ficará recolhido a sala especial da repartição em que sirva, sob a responsabilidade do seu dirigente, sendo-lhe defeso exercer qualquer atividade funcional, ou sair da repartição sem expressa autorização do Juízo a cuja disposição se encontre”. A defesa diz que vai recorrer.

    Em 9 de agosto, o ex-diretor-geral da PRF foi preso pela Polícia Federal (PF) em investigação sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022. O agente foi preso em Santa Catarina e transferido para Brasília.

    A prisão do ex-diretor-geral ocorreu no âmbito da Operação Constituição Cidadã, que também cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

    A operação ainda contou com o apoio da Corregedoria-Geral da PRF, que determinou também a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.

    A defesa do policial nega que ele tenha interferido de qualquer forma nas eleições. Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Vasques disse que “ninguém deixou de votar” quando questionado sobre as blitze no Nordeste.

    ERRATA: A CNN publicou às 11h52 que a transferência havia sido autorizada, com base nas informações da defesa. A matéria foi atualizada.

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