Jogo entre Atlético-MG e América de Cali é interrompido devido a protestos
A disputa pela Libertadores da América foi paralisada cinco vezes em Barranquilla, na Colômbia, após jogadores inalarem gás lacrimogênio
O jogo entre América de Cali e Atlético Mineiro pela Libertadores da América, em Barranquilla, na Colômbia, foi interrompido pelo menos cinco vezes por conta dos protestos nas ruas do país contra a reforma tributária.
No segundo episódio em uma semana, os jogadores e as comissões técnicas foram afetados por gás lacrimogênio trazido pelo vento para dentro do estádio em que ocorria o jogo. Os árbitros suspenderam partida para que os atletas se recuperassem da irritação causada nos olhos e nas vias respiratórias.
Logo no primeiro tempo os atletas não conseguiam jogar em função do desconforto causado pelo gás que vinha do lado de fora do estádio Romelio Martínez. Os jogadores chegaram a ir aos vestiários durante uma pausa.
O jogo continuou no segundo tempo mesmo com queixas dos atletas sobre o gás e as bombas que eram jogadas do lado de fora. O Atlético Mineiro conseguiu vencer o América por 3 a 1.
Na última quarta-feira (13), os gases expelidos pelas bombas de efeito moral disparadas pela polícia colombiana fizeram com que o jogo entre Junior Barranquilia e River Plate fosse interrompido, também após diversos jogadores relatarem mal-estar e visão comprometida pela ardência.
Em meio à escalada de violência nos protestos, a União dos Futebolistas Colombianos pediu às autoridades que suspendessem todos os jogos domésticos por causa da instabilidade política no país, apenas um mês antes do início da Copa América, que será sediada na Colômbia e na Argentina.
Quatro jogos foram transferidos da Colômbia para o Paraguai e o Equador na semana passada devido aos distúrbios. Os jogadores que integram o sindicato Acolfutpro pediram que “até que não se resolva a situação de ordem pública que afeta todo o país e põe em risco o nosso bem-estar, pedimos que não agendem mais jogos em torneios domésticos”.
Em carta aberta, o sindicato disse que “os jogadores de futebol profissionais estão com os colombianos que exigem um país melhor”.