Executivos de empresas de mídia discutem futuro da distribuição de conteúdo
CNN Talks, promovido pela CNN e pelo Google, reunir grandes empresas do setor para debater as mudanças do segmento e a jornada do consumidor
É preciso ter conteúdo de qualidade com credibilidade e relevância, disseram executivos de empresas do mercado de mídia que se reuniram no CNN Talks, promovido pela CNN e pelo Google. O evento teve o objetivo de discutir o futuro da distribuição de conteúdo.
“O conteúdo de vídeo nasceu dentro de um dispositivo de TV. Ele vivia e dependia daquele meio que educou as pessoas a consumir conteúdo em vídeo em determinado formato”, disse Sergio Maria, da CNN. “Hoje, ele ganhou independência e está em qualquer dispositivo com gerações que foram educadas de formas diferentes a consumir conteúdo. Então, a distribuição em si dá um alcance, mas a gente precisa ser relevante neste alcance para falar da forma como as pessoas gostariam de ouvir”
Neste cardápio de opções entram as notícias, eventos esportivos, documentários, séries e novelas. E ainda tem os influenciadores digitais.
Para o presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho, quem quer ser produtor de conteúdo tem que estar disponível.
“Ele tem que estar distribuído [para aparecer] nos formatos certos, nas plataformas certas e com um conteúdo que vá ao encontro de uma audiência disposta a consumi-lo”, diz.
É aí que entram as diferentes plataformas, como a TV aberta, por assinatura, streaming e redes sociais.
“A gente acredita que plataformas digitais e, principalmente, plataformas de vídeo têm uma função maior do que só entreter. Elas têm uma função de informar, elas têm um papel social de trazer novos usuários e informação para novos usuários. Além disso, ela proporciona uma experiência diferente porque é uma plataforma social, então ela permite um engajamento e uma interação, permite uma conectividade que não tem o objetivo de substituir a mídia tradicional, mas sim agregar a uma nova experiência porque sendo uma plataforma social, ela permite que haja debate entre os usuários”, comenta Claudine Bayma, do Kwai.
“Sempre, uma plataforma precisa manter um conteúdo que seja extremamente relevante para trazer ou manter o assinante”, diz Fernando de Magalhães, diretor de Programação e Conteúdo da Claro.
Segundo o vice-presidente de Operações, Conteúdo e Jornalismo da CNN, Virgilio Abranches, é preciso entender as características de cada plataforma para alcançar o maior número possível de consumidores:
Como uma mesma notícia, que, às vezes, pode ser árida, reforma tributária, por exemplo, como a gente fala com diversos tipos de públicos e em diversas plataformas sobre o mesmo assunto? Isso é ser creator de jornalismo. É conseguir adequar a linguagem ao público que precisa e quer ter a informação. E é superpossível fazer isso preservando o caráter de credibilidade e responsabilidade do jornalismo
Nessa jornada para conquistar o público muito deverá ocorrer por meio de instrumentos programados para funcionar com inteligência artificial.
“Cada vez mais se fala em inteligência artificial, que é a forma de manipular os dados gerados por essas plataformas para que a gente possa ter mais assertividade e mais eficiência nos investimentos de marketing. Muito mais do que isso, para que a gente possa oferecer para a nossa audiência conteúdos de relevância”, afirma Mario Laffitte, da Samsung.
“A partir do momento que você faz isso, a consequência é ter uma audiência cada vez mais engajada, que vai crescer e querer te acompanhar na sua jornada de criação de conteúdo”, finaliza Gian Martinez, da Winnin.
*Publicado por Pedro Jordão, da CNN