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    PF vai ouvir Michelle Bolsonaro em caso de venda ilegal de joias

    Depoimento da ex-primeira-dama ainda não tem data para acontecer; ela deve ser ouvida para esclarecer se de fato essas joias ficaram com ela e se elas foram vendidas

    Pedro Teixeirada CNN , em Brasília

    A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro vai ser chamada para depor no inquérito que apura a venda ilegal de joias e presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato.

    A PF teve acesso a um diálogo, por áudio, de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, assessor especial do ex-presidente, indicando que um presente teria “sumido com a dona Michelle [Bolsonaro, ex-primeira-dama]”.

    Vídeo — Fontes da PF: É pouco crível que venda de joias ocorresse à revelia de Bolsonaro

    “O que já foi, já foi. Mas se esse aqui tiver ainda a gente certinho pra não dar problema. Porque já sumiu um que foi com a Dona Michelle; então pra não ter problema”, diz Câmara no áudio.

    O depoimento ainda não tem data marcada. Michelle deve ser ouvida para esclarecer se de fato essas joias ficaram com ela e se elas foram vendidas.

    Segundo a investigação da PF, Mauro Cid levou para os Estados Unidos presentes recebidos pelo governo brasileiro com a intenção de vendê-los.

    Ele teria transportado os objetos no mesmo avião presidencial em que Jair Bolsonaro viajou para Orlando, em 30 de dezembro do ano passado, na véspera do fim de seu mandato.

    A investigação da PF indica que os presentes deveriam ser vendidos e o dinheiro repassado, em espécie, para o ex-presidente.

    O que diz a defesa de Bolsonaro

    O advogado Fábio Wajngarten, que atua na defesa de Jair Bolsonaro, disse à CNN que ele e seus colegas do time jurídico do ex-presidente não sabiam da operação de recompra de um relógio Rolex nos Estados Unidos.

    De acordo com Wajngarten, que foi secretário de comunicação do governo Bolsonaro, ele estava dando uma orientação jurídica a Cid sobre como proceder, mas desconhecia o paradeiro das joias.

    “A defesa não sabia. Eu estava ali para orientá-los a se antecipar a uma decisão que o TCU tomaria, pegar as joias e entregar. Só isso. Eu não sabia onde elas estavam”, afirmou à CNN.

    Questionado o motivo de não ter perguntado o paradeiro das joias, Wajngarten afirmou que não cabia a ele essa pergunta naquele momento.

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