ESG é também ter uma agenda de diálogo com os consumidores
Quando se fala em emissão de CO2 no setor de eletrodomésticos, é preciso desmistificar algumas premissas. Você sabia que mais de 85% do impacto climático dos eletrodomésticos acontece durante o uso dos produtos, bem longe da cadeia de fornecimento, fábricas e do transporte?
Esse dado, obtido em pesquisas feitas pelo Electrolux Group, mostra que sustentabilidade não é algo que as empresas possam alcançar apenas com ações internas e no entorno de seus negócios. A participação dos consumidores é chave neste processo e é imperativo estabelecer diálogos abertos e genuínos, reconhecendo-os como agentes fundamentais dessa mudança. Por isso, convidamos consumidoras e consumidores, em conjunto com a gente, a buscar soluções para um futuro melhor. Afinal, a busca por iniciativas mais sustentáveis é um papel de todos.
Presente em mais de 67% dos lares brasileiros, o Electrolux Group reconhece o seu potencial de impacto, dentro do nosso propósito de transformar a vida para o melhor, e está ciente do seu papel no objetivo de reduzir a emissão de gases poluentes. Fomos uma das primeiras empresas do mundo a atingir nossas metas climáticas baseadas na ciência (Science Based Tagerts initiative). Em nossa estrutura global de sustentabilidade, trabalhamos continuamente para sermos uma empresa neutra em termos climáticos em nossa operação até 2030 e em toda a cadeia de valor até 2050, por exemplo.
Esse é um pilar que chamamos de Melhor Companhia. Temos também ações para melhorar nossos produtos e oferecer mais eficiência energética e hídrica na casa do consumidor, dentro do pilar Melhores Soluções. Somos hoje a empresa que mais coloca refrigeradores com a mais alta eficiência energética no mercado brasileiro. Mas, sabemos que é necessário ampliar o diálogo e conscientizar os usuários para conectá-los diretamente a um legado compartilhado.
Para abrir esses diálogos temos um pilar dedicado: o Melhor Viver, com iniciativas para ajudar os consumidores a comer melhor, de forma mais saudável e sem desperdício, por exemplo. Ou até mesmo a cuidar das roupas para que elas durem mais, evitando o descarte prematuro. Isso faz com que, além de ensinar nossos consumidores a tirar o máximo das tecnologias verdes que oferecemos, tenhamos impacto direto em outras cadeias de consumo, como de alimentos e têxtil.
Com esse diálogo mais próximo, lançamos algumas iniciativas ao longo dos últimos anos, mas destaco duas diretamente ligadas à cadeia têxtil: #RoupaSemDataDeValidade e #BreakThePattern. Nelas, convidamos as pessoas a estabelecerem uma nova relação de cuidado com as roupas com o uso de tecnologias presentes em nossas máquinas de cuidar, fazendo-as durar mais tempo, sem a necessidade de uma nova compra, minimizando também o impacto ambiental que a produção dessas peças causa.
Outro caminho é nossa plataforma exclusiva para quem compra um produto da nossa marca: o Electrolux Cuida, que traz um conteúdo prático e didático com dicas para ajudar o consumidor a extrair o melhor dos produtos. Quer saber como o refrigerador pode preservar os alimentos por mais tempo? Precisa de algum acessório que ajuda a aumentar ainda mais a durabilidade do alimento? Tem tudo lá. Com esse canal ficamos cada vez mais próximos, inclusive com atendimento 24h para manutenção preventiva do produto, que evita o descarte prematura do eletrodoméstico.
E não é só durante o uso que estamos ativamente presentes. Os consumidores têm que estar cientes – e responsáveis — de para onde vai seu eletrodoméstico no fim de vida útil. Para isso, fomos a primeira empresa do setor a lançar o Programa de Coleta e Descarte, que propõe a coleta do eletrodoméstico antigo, de qualquer marca, na entrega do novo, cobrindo 85% do território nacional. Com ele já coletamos mais de 130 toneladas de materiais reaproveitados. Deixamos também de emitir 45 toneladas de CO2 em transportes, já que o caminhão que envia o novo produto é o mesmo que volta com o produto antigo. Isso atrelado a uma frota de caminhões elétricos que cresce a cada ano no Brasil, atrelado a outros meios de entregas sustentável, como bicicletas.
O serviço, além de proporcionar uma melhor experiência, convida o consumidor a uma mudança, colocando-o como protagonista na transformação de padrões de comportamento, voltada ao modelo de economia circular.
Esse é apenas o começo de um caminho que tem tudo para ter sucesso, mas nem sempre fácil. Em uma era de valores compartilhados, é essencial reconhecermos o nosso papel como agentes da mudança, mas também unir todos os agentes da cadeia de valor – de fornecedores a consumidores – para construirmos uma economia regenerativa e equitativa.
Como representante do Electrolux Group e como cidadão, acredito que podemos impulsionar essa mudança, criando um futuro no qual a sustentabilidade é parte essencial da maneira como as empresas operam e como as pessoas vivem. E não podemos esperar por um momento mais oportuno para agir do que o presente.
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