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    Em dia de Copom, presidente do PT cobra presença de Campos Neto no Congresso

    Gleisi Hoffmann reclama que o economista não atendeu a nenhum dos convites feitos pelos deputados para debater as políticas de juros

    Cristiane Nobertoda CNN , Em Brasília

    A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), cobrou a presença do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, no Congresso Nacional.

    A parlamentar reclama que o economista não atendeu a nenhum dos convites feitos pelos deputados para debater as políticas de juros na instituição financeira e, na visão dela, ele deveria periodicamente apresentar resultados que justificassem a manutenção da Selic em patamares altos.

    “Tem que ter uma pressão do Congresso, em especial no Senado, que é responsável pela sabatina do presidente do BC. Ele (Campos Neto) foi na Casa poucas vezes e aqui na Câmara já teve convite várias vezes e nunca veio, mas dá entrevistas por aí. Dá entrevista para todos os meios de comunicação mas não vem ao Parlamento. Nenhuma decisão sobre a taxa de juros é técnica porque economia não é exata, é uma decisão política”, afirmou nesta quarta-feira (21).

    O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve a Selic em 13,75% ao ano nesta quarta-feira e frustrou a expectativa do mercado em dar sinais diretos da queda dos juros a partir de agosto.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), integrantes do governo e parte da oposição vem pressionando o BC para o cor da taxa de juros sob o argumento de que a inflação está em menos de 5% e, portanto, não teria sentido manter esses números na Selic.

    No entanto, Gleisi afirmou não ter expectativas sobre o início do ciclo de queda na taxa básica de juros.

    “Eu não guardo nenhuma expectativa de que essas taxas abaixem hoje. Mais para a frente, em agosto, pode ser que abaixe, mas não se sabe quanto. A previsão é de que, no fim do ano, chegue em 12%, mas do que isso adianta? Em nada”, disse.

    A parlamentar fez as declarações em coletiva de imprensa realizada na Câmara dos Deputados nesta quarta, onde deputados, centrais sindicais e movimentos sociais se reuniram para protestar contra a taxa Selic mantida no atual patamar de 13,75%.

    A iniciativa foi da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos e faz parte da Jornada de Lutas Contra os Juros Altos.

    Em seu discurso, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) chamou a atual taxa de “agiotagem liderada pelo presidente do Banco Central”.

    Ele continuou dizendo que Campos Neto “se comporta como um cavalo de troia, sabotando o desenvolvimento do país”.

    Os parlamentares também defendem que a atual taxa prejudica o crédito e empregos.

    “Nos parece uma política de sabotagem ao Brasil e ao presidente Lula. Não pode o BC sozinho paralisar a economia do Brasil”, disse o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).

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