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    Goldman Sachs reduz projeção do dólar para R$ 4,40 no fim do ano

    Melhora da estimativa foi motivada, principalmente, pelos resultados mais otimistas da economia brasileira, além da mudança da perspectiva da nota do Brasil pela S&P Global Ratings

    Luiza Palermoda CNN* , Em São Paulo

    O banco norte-americano Goldman Sachs revisou sua estimativa para o câmbio doméstico e projetou o dólar em R$ 4,40 no final de 2023.

    A melhora da estimativa foi motivada, principalmente, pelos resultados mais otimistas da economia brasileira, além da mudança da perspectiva da nota do Brasil pela S&P Global Ratings, na semana passada.

    No relatório anterior, o banco estimava que, nos próximos três, seis e 12 meses, o dólar chegaria a R$ 4,90, R$ 4,85 e R$ 4,80, respectivamente. Agora, os números foram revisados para R$ 4,60, R$ 4,40 e R$ 4,40.

    Segundo os estrategistas do Goldman Sachs, no quesito inflação, a leitura do IPCA de maio surpreendeu pelo lado de enfraquecimento e apontou para um progresso visível nos componentes do núcleo e de serviços.

    Isso, juntamente com o fortalecimento do câmbio e a queda nas expectativas de inflação, deve ser bem recebido pelo Banco Central em sua reunião nesta semana e preparar o terreno para mudanças na política monetária.

    “Com a possibilidade de cortes de juros já em agosto, as projeções futuras da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana serão acompanhadas de perto pelos investidores”, diz o relatório publicado na sexta-feira (16).

    “Dado o ponto de partida elevado para as taxas reais e o progresso contínuo (na redução) da inflação, esperamos que os diferenciais de juros reais continuem favoráveis ​​ao câmbio mesmo quando a normalização da política monetária começar, e acreditamos que os fluxos de renda fixa continuam sendo um importante vento favorável para o real”, completa.

    Além disso, a revisão “inesperada” pela S&P da perspectiva do rating da dívida externa do Brasil de “estável” para “positiva” foi um fator importante para a queda.

    “Dado que é incomum que mudanças de rating ocorram antes da finalização de uma reforma, acreditamos ser provável que haja outros fatores no modelo da agência de classificação de risco que estão sinalizando um rating acima de BB- no momento e estão por trás dessa revisão de perspectiva”, aponta o banco.

    Por fim, para a equipe do Goldman Sachs, enquanto o cenário doméstico continuar favorável e o interesse em operações de “carry trade” permanecer elevado, acredita-se que o real pode continuar gerando retornos totais positivos nos próximos meses.

    *Sob supervisão de Gabriel Bosa

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