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      Juliana Gebrim - Psicóloga clínica e neuropsicóloga

      Juliana Gebrim foi a primeira psicóloga clínica e neuropsicóloga no Brasil a fazer uma teoria usada em clínica e patenteada em 5 esferas: equilíbrio emocional, especializada em psicologia clínica pela Universidade de Brasília (UnB), especialista em Rorschach, na linha humanista (UnB-Fernando Rey). Também é neuropsicóloga pelo Instituto de Psicologia Aplicada e Formação de Portugal (IPAF). Especialista em Thetahealing com Leonardo Codignoli (Brasília), em PMK (Psicodiagnóstico Miocinético).

      Além disso, possui capacitação em órgãos internacionais. É terapeuta em EMDR (do inglês, Eye Movement Desensitization and Reprocessing), com certificado internacional pelo Institute EMDRIA e EMDR Ibero-Americano-Francine Shapiro (EUA), é terapeuta especialista em Brainspotting com David Grand (CA-EUA), psicóloga especialista em Play of Life com Carlos Raimundo (Austrália, terapeuta especialista em Barras de Access Conciousness com Jeffrey L. Fannin.

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    Efeitos da violência psicológica na saúde mental dos idosos: um tema urgente para agenda da saúde pública

    A violência psicológica contra idosos é um problema invisível que precisa ser enfrentado pela sociedade com urgência. Embora muitas vezes seja menos visível do que a violência física, a violência psicológica pode ter efeitos duradouros na saúde mental e física das vítimas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15,7% dos idosos relatam ter sofrido violência psicológica em algum momento de suas vidas.

    Definida como qualquer comportamento que cause dano emocional, psicológico ou mental a uma pessoa, a violência psicológica, especificamente, contra idosos, pode assumir diversas formas diferentes.

    Aqui estão alguns exemplos: humilhação, incluindo insultos, ridicularização, zombaria ou qualquer outra forma de tratamento que faça o idoso se sentir envergonhado ou diminuído; isolamento social, quando o idoso é impedido de ter contato com amigos e familiares, restringir o acesso a telefone ou internet, ou qualquer outra forma de isolamento que faça o idoso se sentir sozinho e desamparado; ameaças, que podem ser de violência física, de abandono ou qualquer outra forma de intimidação que faça o idoso se sentir ameaçado ou com medo; controle, quando há um controle das finanças do idoso, restrição do acesso a medicamentos ou alimentos, ou qualquer outra forma de controle que faça o idoso se sentir impotente e sem autonomia; negligência, a exemplo da falta de cuidados básicos, como higiene pessoal, alimentação adequada, ou qualquer outra forma de negligência que faça o idoso se sentir desvalorizado e sem importância.

    Infelizmente, esse é um rol exemplificativo e existem inúmeras outras formas de violência psicológica contra idosos. Convém reforçar que a violência psicológica também pode levar a problemas de saúde mental, como transtornos de ansiedade e depressão, além de problemas físicos, como dores de cabeça, dores no corpo e problemas gastrointestinais.

    A violência psicológica pode ser difícil de detectar, pois muitas vezes não deixa marcas físicas. No entanto, existem alguns sinais que podem indicar que uma pessoa está sofrendo violência psicológica como: mudanças no comportamento, a pessoa pode se tornar mais retraída, ansiosa ou deprimida, e mudanças no humor, fazendo com que a pessoa fique mais irritada

    Um estudo publicado na revista “Psychology of Violence” descobriu que a violência psicológica pode ser tão prejudicial quanto a violência física. Os pesquisadores descobriram que a violência psicológica estava associada a um maior risco de depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. Essas estatísticas mostram que a violência psicológica contra idosos é um problema sério que afeta muitas pessoas em todo o mundo.

    Assim, é muito importante buscar ajuda profissional nos casos de violência psicológica contra idosos. Existem diversas instituições e profissionais que podem ajudar a vítima a lidar com a situação e buscar soluções para o problema.

    Algumas opções de ajuda profissional incluem: os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), que oferecem atendimento psicológico, orientação jurídica e encaminhamento para outros serviços de assistência social; as Delegacias Especializadas de Atendimento ao Idoso, especializadas em atender casos de violência contra idosos e podem oferecer apoio psicológico, orientação jurídica e encaminhamento para outros serviços de assistência social; os psicólogos e psiquiatras, para apoio psicológico para a vítima de violência e ajudá-la a lidar com os efeitos emocionais do abuso.

    Existem, ainda, organizações de apoio às vítimas de violência que oferecem apoio e orientação para vítimas de violência, incluindo idosos. Essas organizações oferecem apoio psicológico, orientação jurídica e encaminhamento para outros serviços de assistência social.

    Por isso, neste Junho Violeta, que tem o objetivo alertar a população para os diferentes tipos de violência praticados contra a pessoa idosa e mobilizar toda população sobre problema que vem crescendo a cada dia, deixo meu lembrete de que é importante que políticas públicas sejam implementadas para proteger os idosos e prevenir a violência psicológica.

    É importante que a sociedade como um todo se mobilize para combater a violência psicológica contra idosos, seja por meio de políticas públicas, campanhas de conscientização ou ações individuais. É preciso que todos estejam atentos aos sinais de violência e saibam como denunciar casos de abuso.

    Por fim, é importante lembrar que a violência psicológica contra idosos é um crime e deve ser denunciada às autoridades competentes. Todos têm o dever de proteger e respeitar os direitos dos idosos, garantindo-lhes uma vida digna e livre de violência.

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