Justiça argentina condena jogador do Boca Juniors por violência de gênero
Sebastian Villa foi julgado por denúncia realizada em abril de 2020
A Justiça argentina condenou, nesta sexta-feira (2), o colombiano Sebastian Villa, de 27 anos, a dois anos e um mês de prisão. O jogador do Boca Juniors foi denunciado, em abril de 2020, por violência de gênero. Villa tem 20 dias para apelar da sentença.
A sentença anunciada não terá cumprimento efetivo por ser menor que três anos. O colombiano terá que cumprir, por dois anos, o que é chamado de regra de conduta.
Ele está impedido de consumir álcool e drogas, deverá realizar um tratamento psicossocial e cumprir uma ordem de restrição. O jogador esteve no Tribunal acompanhado de familiares e advogados.
Villa foi denunciado Daniela Cortés, sua ex-namorada. Em abril de 2020, ela publicou fotos em redes sociais denunciando o jogador por agressão. A ex-companheira relata que teria sofrido um aborto devido aos episódios de violência doméstica.
A denúncia foi formalizada na Justiça e o colombiano aguardou o julgamento em liberdade.
Outra denúncia e julgamento
Sebastian Villa ainda enfrentará outro julgamento na Justiça argentina. Ele foi denunciado no dia 13 de maio de 2022 por uma outra mulher por “abuso sexual com acesso carnal”.
De acordo com a vítima, ela foi abusada sexualmente pelo atleta após uma discussão na casa do jogador.
Na formalização da denúncia há relatos médicos que comprovam a violação. Conversas interceptadas no celular de Villa mostram que ele pede desculpas e fala em encontrar a vítima.
A pena para esse delito pode varia de seis a quinze anos de prisão.
Diferente da sentença de agressão, não há possibilidades de Villa não ir para cadeia em caso de condenação.
Negociação com Atlético-MG
Em 2020, pouco depois da formalização da denúncia, Villa chegou a negociar uma transferência para o Atlético-MG.
Após grande pressão da torcida e da repercussão negativa da vinda do possível reforço, o Galo recuou.
“O Atlético do futuro precisa de pilares sólidos que estão além das quatro linhas. Comissão e departamento de futebol têm independência para avaliar e indicar, mas a palavra final é minha. Não vai vir também”, publicou à época do presidente do clube, Sérgio Sette Câmara.
