Confiança dos empresários cresce 0,4 ponto em maio, a 91,5 pontos, diz FGV
Aumento compensou queda de 0,3 ponto registrada no mês anterior
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,4 ponto em maio ante abril, para 91,5 pontos, compensando a queda de 0,3 ponto registrada no mês anterior, informou nesta quinta-feira (1º) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
“A discreta alta da confiança empresarial em maio parece representar muito mais uma acomodação do índice no patamar em torno dos 91 pontos que o início de uma tendência de alta”, avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
“Houve alguma melhora das expectativas no horizonte de três meses, mas o persistente pessimismo com o rumo dos negócios no horizonte mais longo, de seis meses, e a piora das percepções sobre a situação atual impedem uma leitura mais favorável dos números agregados. Os setores mais cíclicos da economia continuam, portanto, em ritmo morno e em compasso de espera”, acrescenta.
A nota ainda diz que “com a diminuição do pessimismo no Comércio, os indicadores de confiança setoriais estão mais próximos entre eles, com a Construção registrando o maior nível e o Comércio ainda na pior situação”.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 1,1 ponto em maio ante abril, para 91,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 2,0 pontos, para 93,4 pontos, melhor desempenho desde outubro de 2022.
No entanto, a FGV sugere cautela, uma vez que as expectativas para os próximos seis meses caíram para 90,5 pontos, ficando abaixo do nível dos componentes que medem o otimismo três meses à frente, como o de Demanda (91,9 pontos) e o de Emprego (94,9 pontos).
Na passagem de abril para maio, a confiança dos serviços subiu 0,5 ponto, para 92,9 pontos, e a do comércio avançou 3,7 pontos, para 87,3 pontos. A indústria teve redução de 1,6 ponto, para 92,9 pontos, enquanto a construção encolheu 1,4 ponto, para 94,0 pontos.
Em maio, a confiança avançou em 39% dos 49 segmentos integrantes do ICE. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.906 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de maio.