Relatora deve apresentar plano de trabalho da CPMI do 8 de janeiro nesta quinta (1º)
Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) explica que a elaboração do planejamento considerou os requerimentos que foram apresentados ao colegiado
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), deve apresentar nesta quinta-feira (1º), a partir das 9h, o plano de trabalho do colegiado.
Segundo Eliziane, a elaboração do planejamento considerou as centenas de requerimentos que foram apresentados na fase inicial da CPMI.
“É um colegiado muito plural. A gente está conversando com líderes dos mais variados partidos do colegiado que integram de fato essa comissão. De forma que o nosso plano de trabalho vai tentar aproximar o máximo possível do sentimento da maioria da CPMI”, explicou a relatora.
“Faremos um plano de trabalho importante, conciso e focado no objeto principal, que é exatamente a investigação acerca dos atos do 8 de janeiro”, continuou.
A comissão tem 180 dias para apresentar e votar o relatório final. Após sua conclusão, serão encaminhadas ao Ministério Público, à Polícia Federal (PF) e aos demais órgãos todas as conclusões e eventuais irregularidades encontradas.
Requerimentos apresentados
Foram apresentados cerca de 500 requerimentos à CPMI do 8 de janeiro até a quarta-feira (31). Os pedidos precisam ser votados durante as reuniões do colegiado.
Vários pedem o comparecimento de ministros, ex-ministros e autoridades do Distrito Federal, por exemplo. Um deles pretende convidar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a prestar esclarecimentos.
O pedido para convidar Bolsonaro partiu do deputado federal Rogério Correia (PT-MG). Como se trata de convite, a ida dele não seria obrigatória.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou requerimento para convocar o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. A intenção é que o militar preste depoimento sobre conversas com teor golpista que ele teria tido.
A maioria dos requerimentos, cerca de 240, trata de convocações. Não são apenas ex-integrantes do governo Bolsonaro os alvos. Há pedidos para que ministros da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareçam à comissão.
Outros requerimentos são referentes a informações, imagens de câmeras de segurança dos palácios de Brasília e quebras de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático, além do compartilhamento de documentos por parte de outros órgãos.
Ao término dos trabalhos, a CPMI pode fazer uma série de sugestões para aprimorar a legislação e pedir o indiciamento de suspeitos. Não tem, porém, o poder de abrir processos contra pessoas.
A CPMI é formada por 32 titulares — 16 senadores e 16 deputados federais — e 32 suplentes.
*Com informações de Luciana Amaral, da CNN, e da Agência Senado