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      Fernando Vasconcellos - CEO do Grupo Kontik

      Fernando Vasconcellos é formado em Economia pela Universidade Católica de Salvador. O executivo começou na Kontik em 1994, passando por todas as áreas da companhia, mas se identificando com o comercial. Em 2001, foi o responsável por levar a Kontik para o Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente é CEO do Grupo Kontik e lidera o corporativo, sendo o responsável por vender e se relacionar com os clientes.

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    A melhora na experiência do cliente como impulsionador no setor de turismo

    A rápida adaptação do mercado de turismo e a busca pela melhora na experiência dos usuários sempre estão entre os principais focos do Grupo Kontik. Ao longo dos anos foi ouvindo nossos consumidores, sejam eles empresas ou o cliente final, que criamos oito companhias para fornecer serviços para todo tipo de público e bolso.

    Só em 2023, vamos investir mais de R$ 35 milhões em projetos de tecnologia, ESG, marketing, pessoas, além de processos e certificações. Além disso, temos a expectativa de criar mais três soluções tecnológicas próprias, visando agilizar a tomada de decisão do cliente e aumentar as vendas em 65% em um período de três anos.

    Em paralelo a isso, estamos sempre antenados aos movimentos de mercado. De um tempo para cá, no setor de turismo, só se fala sobre o New Distribution Capability (NDC) e em como ele vai mudar o setor. A iniciativa vai permitir às companhias aéreas distribuírem ofertas e pedidos dinâmicos de forma direta.

    Acredito muito que essa novidade tem potencial de impulsionar uma mudança grande dentro do nosso mercado de viagens, possibilitando melhorar a experiência de compras desses viajantes.

    Por isso, a Kontik vem investindo muito para ter acesso a conexões diretas do NDC, seja diretamente com as companhias aéreas ou com os GDS que também estão correndo atrás de desenvolver esse canal para distribuir para as TMCs.

    Com o NDS, a promessa é que essas TMCs possam ter acesso a tarifas mais competitivas, que atualmente não são disponibilizadas nos canais de distribuição tradicionais. Isso pode levar a uma maior economia de custos para os clientes e torná-las mais competitivas no mercado.

    Outro ponto importante é que podemos ter uma melhor gestão de mudanças e interrupções. Ou seja, com a NDC poderemos fornecer aos viajantes informações mais precisas e oportunas sobre mudanças de voo, atrasos, cancelamentos e outros problemas relacionados a viagens, permitindo que eles sejam informados rapidamente e tomem decisões imediatas e assertivas.

    A respeito de custo de tarifas, atualmente algumas companhias aéreas cobram em média uma taxa de 12 dólares quando não for reservado pelo canal NDC. Sei que parece pouco falando-se de um bilhete ou dois e três quando se trata de uma família, mas para uma empresa, que conta com viagens corporativas grandes para toda a companhia, faz toda diferença.

    Por exemplo, temos clientes com aproximadamente 500 viagens por mês, para diversos destinos. Fazendo uma conta rápida, eles gastam 6.000 dólares, que, entre os 12 meses, são 72 mil dólares. Transformando na moeda brasileira, eles vão economizar, pelo menos, R$ 360 mil no ano. Esse valor com certeza poderá ser investido em outras coisas.

    Acredito muito que essa novidade vai oferecer aos clientes uma experiência de viagem mais personalizada e sob medida. Por meio dele, vão poder acessar uma ampla gama de produtos e serviços, incluindo upgrades de assentos, taxas de bagagem e opções de refeição. Isso permite que os clientes personalizem sua experiência de viagem de acordo com suas necessidades e preferências específicas.

    Além disso, também permitirá que as companhias aéreas ofereçam ofertas mais precisas e relevantes aos clientes, melhorando a experiência geral do cliente e aumentando a satisfação do cliente.

    Continuo achando que a experiência de compra, atrelada a tecnologia, vai seguir movendo-se na direção certa, além de desenvolver novos produtos e melhorar o que já temos.

    Por isso estamos sempre antenados a mudanças para seguir crescendo. Neste ano, a companhia pretende transacionar 1,5 milhão de viagens, entre corporativa e lazer, chegando a um faturamento de R$ 1,250 bilhão.

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