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      Henrique Medeiros - Especialista em gestão e psicanalista

      Henrique Medeiros é especialista em gestão e psicanalista, autor do livro “Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo”. É formado em Tecnologia da Informação com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e tem mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia.

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    A diversidade cultural é o fator essencial para a prosperidade no mundo

    Ao reconhecermos o caos, a ordem, a desordem ordenada, como sendo o motor do que chamo de “existência”, torna-se não somente crucial defender a diversidade cultural como um elemento indispensável para o diálogo e o desenvolvimento, como também reconhecer que sem ela não existiria vida, em seu sentido mais amplo.

    Como assim? Responda-me então: como teríamos chegado até aqui sem uma “mistura” biológica? Como surgiriam ideias diferentes, capazes de nos ajudar a transpor desafios, se fossemos todos iguais? Sem uma desordem ordenada de culturas que habitam nossas cidades e países? Ou alguém duvida do quanto é valioso para uma cidade como São Paulo ter acolhido tanta diversidade cultural?

    Não, caras leitoras, caros leitores, diversos! Sem a diversidade, sem a cultura, um elemento mais que embebido de caos e ordem, eu não teria, de forma alguma, escrito esse texto, bem como vocês não o estariam lendo.

    A cultura, aliás, segundo a própria definição da Unesco, 2002, é “o conjunto dos traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças”.

    Como sempre me disse um sábio amigo “o universo é análogo”. Fiz uso desse conceito quando no meu livro “Células Sociais Caórdicas – o caminho para um novo mundo”, descrevi analogias entre o funcionamento do nosso próprio corpo, do universo e da sociedade.

    Explico melhor: nosso organismo, assim como o universo e a sociedade, funciona, ou pelo menos deveria (se não fosse a destrutiva ação humana sobre ele), de maneira não homogênea, intercalando padrões de caos e ordem, sem que nem um nem outro se sobressaiam.

    Complicou? Permitam-me, portanto, acrescentar mais um fascinante conceito: a teoria do caos. Ao contrário do que o seu nome possa sugerir, ela baseia-se na busca de padrões, de regularidades, dentro de comportamentos irregulares. A chamada desordem ordenada.

    E foi fazendo uso dessa teoria que o matemático polonês Benoit Mandelbrot formulou o argumento: “Nuvens não são esferas, montanhas não são cones, continentes não são círculos, o som do latido não é contínuo nem o raio viaja em linha reta”, entretanto, mesmo não sendo regulares, essas estruturas, de alguma forma, se repetem. Ou seja, tudo que nos cerca, e aqui eu acrescento a diversidade cultural, não é composto por padrões regulares, mas por padrões de caos e ordem, que se repetem.

    Saudações seres humanos! Trago-lhes boas novas de um planeta não extinto: para que vocês perpetuem vossa existência e mantenham o magnífico balé da

    vida, o respeito irrestrito à diversidade cultural de vossa espécie, suas múltiplas facetas, deve ser um compromisso da humanidade.

    Neste momento, em que celebramos o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento (21 de maio), é necessário refletir sobre o tema e entender que somente alcançaremos a paz e a prosperidade do planeta Terra através da tolerância e da inclusão.

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