Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Buscando melhorar relação com Congresso, governo Lula inicia reuniões com ministros e líderes partidários

    Encontros serão liderados pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha

    Da CNN

    O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia nesta quarta-feira (10) uma série de reuniões com ministros de Estado e líderes partidários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

    Os encontros serão liderados pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do poder Executivo.

    As primeiras reuniões serão com ministérios chefiados pelo PSB: Desenvolvimento, Indústria e Comércio, do vice-presidente Geraldo Alckmin; Justiça e Segurança Pública, de Flávio Dino; e Portos e Aeroportos, de Marcio França.

    Na próxima semana, Padilha deverá receber representantes do MDB, que está à frente do Planejamento e Orçamento (Simone Tebet); dos Transportes (Renan Filho); e das Cidades (Jader Filho). E também do União Brasil, que lidera as Comunicações (Juscelino Filho); e a Integração Nacional (Waldez Góes).

    O Palácio do Planalto se esforça para tentar melhorar a relação com os congressistas, para garantir apoio nas próximas votações.

    Na última semana, o governo sofreu um revés, na Câmara dos Deputados, com a derrubada de trechos de decretos do presidente Lula que alteram o marco saneamento básico.

    “O Ministro das Cidades [Jader Filho, MDB], que é um dos autores do Marco do Saneamento, e a bancada do MDB votaram contra. Então, é um momento do ministro, com um conjunto de representantes da bancada, entender quais foram os motivos”, disse Padilha.

    Mais recentemente, Lula irritou os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao levar o assunto da privatização da Eletrobras para a Justiça.

    Em entrevista exclusiva à CNN, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a ação do governo no Supremo Tribunal Federal (STF), que tenta mudar regras da privatização da Eletrobras.

    Segundo Pacheco em entrevista na segunda-feira (8), o governo precisa aceitar essa realidade. “Nós fizemos uma opção legislativa de capitalização da Eletrobras. Foi algo muito debatido na Câmara e no Senado. De modo que nós consideramos essa uma realidade do Brasil. É muito importante que se pudesse aceitar essa realidade, para valorizar a Eletrobras”, afirmou o presidente do Senado.

    Lira, em declaração à CNN no domingo (7), afirmou que o projeto que permitiu o processo de capitalização da Eletrobras, em 2022, foi profundamente debatido no Congresso e traz ganhos para a empresa e para o país.

    “Essas questões de rever privatização preocupam”, disse Lira. “Você pode não propor mais nenhuma privatização, mas mudar um quadro que já está jogado e definido, e com muitos grupos, muitos países investindo, é realmente causa ao Brasil uma preocupação muito forte.”

    (*Publicado por Douglas Porto)

    Tópicos