Ibovespa fecha semana com alta de 0,66% e dólar cai 0,91% com falas de Haddad e bom humor global
Nesta sexta, principal índice da bolsa brasileira subiu 2,91%, com destaque para a Braskem; moeda norte-americana cai para R$ 4,94
O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (5), favorecido pelo avanço de bolsas internacionais e alta nos preços do petróleo. Na cena doméstica, investidores acompanharam as falas do ministro da Fazenda Fernando Haddad sobre a última alta dos juros pelo Banco Central (BC) e as futuras indicações do governo para a autarquia.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou a sessão com alta de 2,91%, aos 105.148 pontos. O resultado faz o Ibovespa acumular alta de 0,66% na semana.
O clima positivo também favoreceu o câmbio brasileiro, com mais um dia de queda do dólar. A moeda norte-americana perdeu 0,97% hoje, fechando a R$ 4,943 na venda. Na semana, o dólar retraiu 0,91%.
O grande destaque da bolsa foi a disparada das ações da Braskem (BRKM5), em meio a notícias sobre interesse de petrolífera dos Emirados Árabes na petroquímica. As tratativas, porém, foram negadas pela companhia brasileira em publicação de fato relevante.
Apesar da negativa, as ações da empresa fecharam com alta de 23,62%. Durante o pregão, os papéis chegaram a ser negociados com valorização acima de 40%.
Na área política, os investidores digeriram falas de Haddad. Ele disse nesta sexta-feira em entrevista à CBN que acredita que a recalibragem da taxa Selic para um patamar mais baixo já poderia ter iniciado e que ponderar as decisões do Banco Central não é algo “político”.
Em meio a especulações sobre possível indicação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, a cargo na diretoria do Banco Central, Haddad afirmou que o governo não antecipa esse tipo de decisão, acrescentando que os nomes serão anunciados quando a escolha estiver “madura”.
No cenário internacional, o destaque do dia era a notícia de que os empregadores dos Estados Unidos ampliaram as contratações em abril e aumentaram os salários dos trabalhadores, apontando para uma força sustentada do mercado de trabalho que pode levar o Federal Reserve a manter a taxa de juros mais alta por algum tempo.
O relatório “reforça a preocupação com mercado de trabalho apertado — não há espaço para os cortes (de juros)… precificados na curva futura”, disse Arthur Mota, da equipe de estratégia macro do BTG Pactual.
Juros mais altos nos EUA tendem a beneficiar o dólar, uma vez que elevam os rendimentos do mercado de renda fixa norte-americano. Por outro lado, investidores pareciam encontrar alento na aparente força da maior economia do mundo, que afasta temores de recessão.
*Publicado por Sofia Kercher, da CNN. Com informações de Reuters