Bolsonaro é íntegro e sempre procurou seguir a lei, diz presidente do PL após operação da PF
Valdemar Costa Neto se manifestou pelo Twitter dizendo que confia que "ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades"
O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, se manifestou, na manhã desta quarta-feira (3), dizendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é uma pessoa “íntegra” e “procurava sempre seguir a lei”.
“Bolsonaro é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a Lei. Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades”, escreveu o ex-deputado federal no Twitter.
Bolsonaro é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a Lei. Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades.
— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) May 3, 2023
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (3), a Operação Venire, que investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).
O ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, foi preso em Brasília.
Max Guilherme e o Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Planalto, também foram presos. Também foi preso o secretário municipal de Governo da cidade de Duque de Caxias/RJ, João Carlos de Sousa Brecha.
No total, são cumpridos seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Eles estão no âmbito do inquérito das milícias digitais, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Entre os alvos de buscas está o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão do ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, que é atual secretário estadual de Transportes do governo de Cláudio Castro. Gutemberg está em Brasília.
A CNN apurou que a filha e a esposa de Mauro Cid e também estão envolvidas na investigação da PF, porque teriam tido seus dados de vacinação adulterados.
Uma fonte da Polícia Federal (PF) informou à CNN que a filha de Bolsonaro teria dados alterados na carteira de vacinação contra Covid-19.
A investigação da PF aponta que o objetivo do grupo “seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.
São cumpridos, no total, 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro, além de “análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos”, informou a PF.
“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”, explicou a PF em nota.
“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, acrescentou.
Os fatos investigados configuram os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Outro lado
À CNN, a defesa de Mauro Cid disse que ainda não obteve acesso ao inquérito, “que é físico e sigiloso”. “Vamos declarar assim que obtivermos a cópia dos autos”, afirma a defesa.
* Publicado por Léo Lopes, com informações de Noeli Menezes