Presidente da Fifa ameaça deixar emissoras europeias sem a Copa do Mundo Feminina
Gianni Infantino disse que ofertas baixas pelos direitos de transmissão são um "tapa na cara" de todas as mulheres
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, ameaçou deixar as grandes potências europeias sem a transmissão da Copa do Mundo Feminina, se as emissoras não melhorarem os valores oferecidos pelos direitos do torneio. O recado do mandatário foi direcionado especialmente a Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido.
Ainda de acordo com o dirigente, as ofertas dos “cinco grandes” países europeus são um “tapa na cara” das jogadoras de futebol e de “todas as mulheres do mundo”. A declaração foi feita durante encontro da Organização Mundial do Comércio, em Genebra, na Suíça.
Organizada por Austrália e Nova Zelândia, a próxima edição da Copa do Mundo Feminina começa no dia 20 de julho. Segundo a Fifa, as emissoras dos países citados ofereceram de um a 10 milhões de dólares pelos direitos de transmissão do torneio. Para efeito de comparação, os mesmos países pagaram entre 100 e 200 milhões de dólares pelos jogos da Copa do Mundo do Catar.
Infantino lembrou ainda que a Fifa triplicou a premiação do Mundial Feminino em relação à última edição do torneio, em 2019, e reiterou o desejo da organização de ter prêmios iguais para as Copas do Mundo masculina e feminina até 2027.
Segundo dados da Fifa, mais de um bilhão de pessoas assistiram à Copa do Mundo Feminina de 2019, na França, que foi o torneio feminino mais visto de todos os tempos.
