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    Lira quer advertência a deputados, com corte de salário e verba de gabinete, contra escalada de hostilidades

    Presidente da Câmara pretende instalar na próxima semana o Conselho de Ética, que ficará sob comando do deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), e restituir um ambiente de maior civilidade nos debates

    da CNN , Brasília

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende colocar um freio no que considera “excessos” na conduta de deputados em comissões e no plenário.

    Ele pretende instalar na próxima semana o Conselho de Ética da Câmara, que ficará sob comando do deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), e restituir um ambiente de maior civilidade nos debates.

    A suspensão dos mandatos por até três meses, com corte no pagamento de salário aos parlamentares e na verba de gabinete, pode ser parte do pacote de “advertências” contra essa escalada de hostilidades.

    A estratégia foi discutida por Lira com líderes dos partidos, na reunião que ocorreu nesta quinta-feira (13), em sua residência oficial.

    Os líderes se comprometeram a orientar presidentes das comissões que pertencem às suas legendas sobre a imposição de limites na condução das reuniões.

    As últimas semanas tiveram uma sucessão de episódios com forte repercussão. O primeiro foi o discurso de Nikolas Ferreira (PL-MG) usando uma peruca, no plenário, em referência a transexuais. Dias depois, Nikolas foi chamado de “chupetinha” em uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

    Nesta semana, após depoimento do ministro Flávio Dino (Justiça) na Comissão de Segurança Pública, Júlia Zanatta (PL-SC) acusou Márcio Jerry (PCdoB-MA) de assédio.

    Lira quer deixar um alerta de que eventuais novos episódios precisam gerar alguma advertência para frear as ofensas na Câmara.

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