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    Felipe Moura Brasil: Refletir é fundamental para prevenir ataques em escolas

    Adolescente de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas em ataque em escola em São Paulo

    Felipe Moura Brasilda CNN , Em São Paulo

    “O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp. Alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos.”

    Esse relato estava no Boletim de Ocorrência de ameaça, registrado em 28 de fevereiro, pela antiga escola do indivíduo de 13 anos que, um mês depois, nesta segunda-feira (27), matou uma professora e feriu outras quatro pessoas durante um ataque a faca em um colégio estadual na zona oeste de São Paulo.

    O BO é apenas um dos elementos que levam à pergunta: o ataque poderia ter sido evitado?

    Há vários outros. Com a pergunta “qual dos serial kilers [sic] você seria?”, o autor havia feito uma enquete na internet oferecendo, como opções de resposta, cinco formas de matar: “entrando pela janela com uma faca ou arma; vestido de palhaço e chamando atenção de crianças/adolescentes para depois matar; só mataria por vingança; tanto faz pra mim; e estupraria e matava depois”.

    As publicações feitas pelo moleque no Twitter escancaram a premeditação do atentado, mas as autoridades só conseguiram ter acesso ao perfil depois que o autor foi apreendido e seu celular acessado, porque a página era restrita aos usuários amigos dele.

    “Irá acontecer hoje, esperei por esse momento minha vida inteira, tomara que consiga alguma kill [morte, em inglês] pelo menos, minha ansiedade começa a atacar por causa disso. Enfim… me desejem boa sorte.”

    Em postagens mais antigas, ele já se dizia “ansioso”, comentava sobre qual luva usaria no ataque e exibia a máscara com detalhes de caveira, característica entre membros de células predispostas ao terrorismo que atuam na deep web.

    No nome de usuário, ele carregava o sobrenome do autor do massacre de Suzano (SP), em 2019. Isto sem falar nos episódios de brigas e até ofensas racistas na escola.

    O momento, claro, é de dor e condolências, mas refletir se algo poderia ter sido feito pela polícia, pelas escolas e pelos pais é fundamental para prevenir novos ataques em instituições de ensino do país.

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