Caso da vaca louca deve ser atípico, diz ministro da Agricultura
Carlos Fávario mostrou-se confiante quanto ao resultado das amostras enviadas para um laboratório canadense para confirmar se o caso é atípico ou clássico
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o caso da doença conhecida como “mal da vaca louca”, confirmado na última quarta-feira (22) no Pará, deve ser atípico e que negociações de carne com o mercado chinês deve ser retomado em breve.
O ministro também informou que vai haver uma reunião, nesta segunda-feira (27) à noite, entre os técnicos do Brasil e da China para tratar do comércio de carne e passar a Pequim as últimas informações sobre o caso. “Pelo histórico, deve ser um caso atípico. Com isso, rapidamente devemos reabrir o mercado chinês”, afirmou.
Fávario mostrou-se confiante quanto ao resultado das amostras enviadas para um laboratório canadense para confirmar se o caso é atípico ou clássico. A previsão é que o resultado dos testes fique pronto ainda nesta semana.
Casos atípicos são aqueles que o animal, geralmente mais velho, desenvolve a doença espontaneamente e não por causa da ingestão de alimentos contaminados. A forma atípica não gera riscos de disseminação no rebanho, nem de transmissão para seres humanos.
O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência do mal da vaca louca, segundo classificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Nas últimas décadas, houveram registros apenas de casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como mal da vaca louca, ficou famosa mundialmente após um surto no Reino Unido durante os anos 1990. Houve suspensão do consumo de carne bovina no país.
A doença degenera o sistema nervoso dos bovinos, a ponto de alterar o comportamento dos animais, deixando-os agressivos, razão do nome “vaca louca”.
*Sob supervisão de Brenda Silva.
