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    Bradesco revisa crescimento do PIB de 1% para 1,5% em 2023

    Banco aumenta previsão para inflação de 5,1% para 5,7% e mantém incertezas no cenário de médio prazo

    Thais Herédiada CNN

    Os economistas do Bradesco melhoraram expectativa para o crescimento da economia neste ano e agora esperam alta de 1,5% do PIB, ante previsão anterior de 1%. O banco sai na frente na revisão com expectativa para atividade econômica mais aquecida em 2023, especialmente em função do primeiro semestre.

    Assinado pelo economista-chefe do banco, Fernando Honorato, o relatório divulgado nesta segunda-feira separa em dois momentos a perspectiva para o Brasil. No curto prazo, a dinâmica melhora, mas não garante continuidade no futuro.

    “As incertezas para o cenário a médio prazo permanecem. Os efeitos da política monetária mais restritiva sobre a atividade econômica irão prevalecer. A definição de um arcabouço capaz de garantir a sustentabilidade fiscal e a implementação de uma agenda de crescimento e eficiência podem produzir as condições para convergência da taxa de juros para patamares considerados neutros”, diz o documento.

    Apesar de uma estimativa maior para o PIB, o Bradesco piorou a previsão para o comportamento da inflação, que deve fechar o ano em 5,6%, dos 5,1% previstos há um mês.

    “A inflação vem passando por uma revisão altista, mas a dinâmica de núcleos tem se mostrado benigna. Revisamos o IPCA de 2023 de 5,1% para 5,7%. Nossos modelos estruturais continuam apontando para um câmbio de R$/US$ 5,25, nível no qual mantemos nossa projeção para 2023”, diz.

    Sobre os outros indicadores para economia, o Bradesco espera uma leve melhora no indicador de dívida pública sobre o PIB, que deve ser de 78,8%, ante 79,5% da previsão anterior. Ainda assim, a trajetória do endividamento seguirá em alta, chegando a 81,5% em 2024.

    Para o crescimento da economia global, os economistas do banco elevaram projeção a 2,5% em 2023, dos 2,1% de antes. “Apesar disso, a desaceleração ainda será relevante em relação a 2022, quando o mundo cresceu 3,0%, uma vez que o maior crescimento chinês é mais do que compensado pelo arrefecimento do resto do mundo”.

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