Ministério Público Eleitoral entra com segunda ação contra governador do RJ
Procuradoria alega supostos gastos ilícitos e pede cassação da chapa
Após denunciar o governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), por abuso de poder econômico e político, a Procuradoria Regional Eleitoral entrou com uma segunda ação contra a chapa também integrada pelo vice Thiago Pampolha (União). Desta vez, o Ministério Público aponta supostos gastos ilícitos.
Na nova denúncia, que corre sob sigilo, a PRE indica que os supostos gastos ilícitos teriam provocado um desequilíbrio no pleito. Por isso, pede a cassação da chapa e a inelegibilidade de Castro e Pampolha por oito anos.
A CNN pediu um posicionamento da chapa sobre o tema.
Na última quarta-feira (14), o Ministério Público Eleitoral já havia apresentado uma ação contra os políticos pelo suposto uso eleitoral de uma folha de pagamento secreta da Fundação Ceperj e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A Procuradoria alega que o governador reeleito foi beneficiado pela contratação de milhares de servidores temporários, admitidos sem concurso público e fora das regras de transparência, que teriam atuado como cabos eleitorais. A maior parte dessas pessoas era paga na ‘boca do caixa’, o que impedia a fiscalização do uso dos recursos públicos.
Sobre essa primeira denúncia, a Coligação Rio Unido e Mais Forte informou que apresentaria os esclarecimentos necessários à Justiça Eleitoral para comprovar a conduta idônea da chapa.
“O governador Cláudio Castro e o vice-governador eleito, Thiago Pampolha, estão seguros de que todos os pontos levantados serão respondidos a fim de confirmar a lisura da chapa no processo eleitoral”, divulgou a coligação em nota na última semana.