Banco Central injeta US$ 1 bilhão no mercado via leilão
Operação é feita principalmente em momentos de falta de liquidez
O Banco Central vendeu nesta quarta-feira US$1 bilhão em leilões de venda de moeda conjugados com leilões de compra no mercado interbancário, em operação a que recorre principalmente em momentos de falta de liquidez.
O BC anunciou o edital dos leilões de linha, como são conhecidos, na noite de terça. Ao realizá-los nesta quarta, aceitou duas propostas, com taxa de corte de 5,350000%. A colocação de liquidez será liquidada no próximo dia 21 e a recompra de moeda está prevista para 2 de fevereiro de 2023.
A operação desta quarta-feira foi semelhante a leilões de venda conjugados com leilões de compra realizados nos dias 23 e 27 de setembro.
Mais cedo, a autarquia também vendeu US$3 bilhões em leilões separados de venda com compromisso de recompra, mas desta vez para fins de rolagem do vencimento de 3 de novembro de 2022, de forma que não há injeção de novos recursos no mercado.
O Citi disse em relatório que a razão para a realização dos leilões desta quarta-feira parece ser a dificuldade para financiamento em dólares em meio à demanda pela moeda norte-americana à vista.
“Os leilões não devem impactar o mercado de câmbio à vista, mas devem ajudar o financiamento de curto prazo em dólares a se normalizar”, avaliou o banco. “Se o estresse de financiamento persistir, mais leilões são prováveis.”
O dólar spot subia 0,45% nesta manhã, a 5,2786 reais na venda.