QG de Bolsonaro avalia ato no Cristo Redentor
Lideranças católicas resistem à ideia, sob a justificativa de que seria melhor evitar vinculação da Igreja à política.
A campanha do presidente Jair Bolsonaro discute uma forma de tentar vencer as resistências de parte da Igreja do Rio em realizar um grande ato com católicos no Cristo Redentor nessa reta final, dizem fontes da campanha.
Nos bastidores, interlocutores do presidente fizeram chegar a lideranças católicas do Rio durante o primeiro turno o interesse em um grande ato no Cristo Redentor, mas houve resistências sob a justificativa de que seria melhor evitar vinculação da instituição com a política.
Após a abertura das urnas e oficialização do segundo turno, o tema voltou na campanha. Segundo as pesquisas, Lula é o preferido dentre o eleitorado católico, ao passo que Bolsonaro é o preferido dentre os evangélicos.
Nesse sentido, um evento no Rio marcaria o apoio desse segmento a Bolsonaro. A ideia inclusive é atrair cantores e influenciadores católicos.
Nos debates, aliados do presidente consideram que a Igreja do Rio poderia retribuir a intermediação feita pelo Palácio do Planalto neste ano que resultou na assinatura de um Protocolo de Intenções e Acordo de Convivência entre o ICMBio e a Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Sempre houve um conflito ali porque o monumento integra um santuário da Igreja, mas fica dentro do Parque Nacional da Tijuca, administrado pelo ICMBio. Pelo acordo, assinado em abril, a Igreja passou, dentre outros pontos, a ter direito a uma parte das receitas dos ingressos.
Procuradas, as assessorias do Santuário Cristo Redentor e da Arquidiocese do Rio informaram não terem recebido nenhuma demanda.