Conselho do Atlântico Norte diz que danos no oleoduto foram de atos deliberados
Rússia apontou vazamento do Nord Stream 1 e 2 como ataque terrorista
As informações coletadas sobre os danos aos oleodutos Nord Stream 1 e 2 no Mar Báltico sugerem “o resultado de atos de sabotagem deliberada, imprudente e irresponsável”, disse o Conselho do Atlântico Norte nesta quinta-feira (29). Os danos aos oleodutos são de “profunda preocupação”, acrescentou.
“Esses vazamentos estão causando riscos ao transporte e danos ambientais substanciais. Apoiamos as investigações em andamento para determinar a origem dos danos”, disse o comunicado.
“Nós, como aliados, nos comprometemos a preparar, impedir e defender contra o uso coercitivo de energia e outras táticas híbridas por atores estatais e não estatais. Qualquer ataque deliberado contra a infraestrutura crítica dos Aliados seria recebido com uma resposta unida e determinada “, acrescentou.
Na quinta-feira, o embaixador da Alemanha no Reino Unido disse que havia uma “indicação muito forte” de que os vazamentos de oleodutos eram atos de sabotagem.
O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, também classificou os vazamentos de “sabotagem aparente” em um tweet na terça-feira (27).
Autoridades de segurança europeias observaram navios da marinha russa nas proximidades de vazamentos na segunda e terça-feira, de acordo com autoridades de inteligência ocidentais e uma outra fonte.
Altos funcionários ocidentais não chegaram a atribuir o ataque à Rússia ou a qualquer nação.
Um porta-voz do governo russo disse nesta quinta que os vazamentos podem ter sido o resultado de um “ataque terrorista”.
“A natureza sem precedentes deste evento, parece que este é um ataque terrorista, possivelmente em nível estadual”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma ligação diária com jornalistas.
Questionado sobre o relatório da CNN sobre submarinos russos vistos na área das interrupções do Nord Stream, Peskov disse: “Este é o mar Báltico. Havia muito mais aeronaves, veículos flutuantes e outros veículos marítimos que pertencem aos países da OTAN vistos lá”.