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    Países podem abandonar monarquia com morte da rainha, afirma especialista

    Professora avalia que período após a morte de Elizabeth II reforça também a importância simbólica da rainha

    Layane SerranoJoão Pedro Malarda CNN , em São Paulo

    A morte da rainha Elizabeth II deve abrir margem para questionamentos nos 15 países em que ela era monarca sobre a manutenção ou não da participação deles na monarquia, afirma a professora da ESPM Denilde Holzhacker.

    Em entrevista à CNN neste domingo (11), ela avaliou que esse deve ser um dos principais desafios do rei Charles III, já que há “uma forte pressão em muitos desses países, um questionamento sobre porque manter a monarquia, e qual o ganho que os países têm ao estarem ligados à Comunidade de Nações e serem parte de toda essa estrutura”.

    Ela destaca que a Comunidade de Nações (em inglês, Commonwealth), que inclui os 15 países e outros 40 que foram ex-colônias britânicas, é questionada quanto à sua eficiência, o benefício que traz aos seus membros e o impacto efetivo para a presença internacional dos integrantes.

    “Para países pequenos, com menor presença internacional, ser parte de uma organização como essa, ter essa visibilidade, é importante. Para países maiores, com presença internacional maior independente, como Canadá e Austrália, já fica o questionamento maior se o efeito é de fato estar relacionado com a monarquia”, pontua.

    Nesse sentido, ela acredita que o período após a morte de Elizabeth II reforça também a importância simbólica da rainha, com “o mundo parando para acompanhar o cortejo, todo o processo”.

    “Tem um peso importante para os países ao estar ligado à monarquia, porque ela ganha uma influência cultural, social, e de fato tem um efeito para quando a gente pensa no relacionamento com os países”.

    Ela acredita que a continuidade da monarquia dependerá da forma como o rei conduzirá o relacionamento com os países, mas que ele “tem uma sensibilidade grande, conhece os processos por ter esperado tanto. Ele também visitou todos esses países, conhece a dinâmica deles, e pode ser uma vantagem, de conseguir manter essa união e esse caráter simbólico”.

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