Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Eleições 2022

    Cientista política aposta em aumento de agressividade entre políticos durante a campanha

    Deysi Cioccari disse à CNN que os 45 dias do período eleitoral serão determinantes para a disputa

    Ingrid OliveiraProduzido por Ludmila Candalda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (19), a cientista política Deysi Cioccari disse que nas próximas semanas, os discursos dos presidenciáveis devem ser mais agressivos.

    “Essa narrativa mais agressiva é o que veremos com maior destaque nas próximas semanas, nas próximas convenções. E digo isso vindo de todos os lados”, avaliou.

    De acordo com Deysi, no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as manifestações serão mais pragmáticas. “Ele está sempre lendo os discursos, acredito que é para não deixar a intempestividade dele extrapolar”, disse.

    Do lado de Jair Bolsonaro, a cientista política afirma que o presidente consegue “manter a bolha, mas não expandir”.

    “O discurso agressivo sempre foi pauta do presidente Bolsonaro, mas isso prejudica porque ele não cresce. Quando ele ataca instituições, não é benéfico para ele”, aponta.

    Segundo Cioccari, a PEC Kamikaze aprovada pelo Senado Federal, pode aumentar em até quatro pontos a aprovação do presidente Jair Bolsonaro na corrida presidencial.

    “O presidente não deve subir, por conta da PEC, mais do que três ou quatro pontos, porque ela atinge principalmente as pessoas que recebem Auxílio Brasil no Nordeste, um público que, eventualmente, está com o ex-presidente Lula”, disse Deysi.

    Para ela, os 45 dias do período eleitoral serão determinantes para a disputa.

    “Muita coisa ainda pode mudar durante os 45 dias, a PEC deve agregar uns três ou quatro pontos ao presidente Jair Bolsonaro, mas não acredito que mais do que isso, pela própria intensidade do período eleitoral”, avaliou.

    A nova versão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis, aprovada em 30 de junho, prevê o reconhecimento do estado de emergência em 2022 no país e um pacote de R$ 41,25 bilhões em auxílios.

    Tópicos